Sem atuar como treinador desde 2011, quando comandou o Duque de Caxias, do Rio de Janeiro, Valdir Espinosa voltará a trabalhar no próximo ano. Técnico do Grêmio campeão mundial em 1983, o gaúcho de 68 anos retomará a carreira no Metropolitano, de Santa Catarina.
Como você se preparou para voltar ao futebol? Fez algum curso?
Não preciso de curso nenhum. Meu curso é acordar cedo domingo e ver futebol até a noite. Olho todos os campeonatos possíveis. Fico olhando e aprendendo com humildade. Não fiquei parado no tempo e no espaço e sei que não vou inventar a bola.
Mas os novos métodos de treinamento não passam na TV. Como faz?
Eu já aplicava treinos modernos na década de 80, no Grêmio. Fazia coletivo sem adversário e ninguém entendia. Agora tem essa história de treinamento em campo reduzido, que para mim é uma bobagem. Não se pode diminuir o campo na largura nunca. Às vezes na profundidade. Não adianta fazer isso e depois ter que jogar em um campo inteiro. O Bayern (de Munique, da Alemanha) pode até fazer isso, mas eles têm o jeito deles de jogar. Meu time terá um jeito diferente.
O que você fez desde seu último trabalho como treinador?
Fui diretor no Esportivo (de Bento Gonçalves), mas não foi uma experiência legal. Sou mais de fazer. Prefiro colocar a mão na massa. Não gosto de ficar dando ordens se eu posso agir diretamente. Foi uma experiência legal, mas tenho mais a acrescentar ao futebol como técnico. Também tenho um canal no YouTube no qual posto vídeos ensinando tática e minhas visões do futebol. Acho que sou o único técnico do mundo que faz isso.
*ZHESPORTES