Jardel Vettorato é o representante gaúcho na seleção brasileira de rúgbi. Ele joga a modalidade de 15 – a mesma disputada na Copa do Mundo e que é o grande foco da confederação nacional. Mesmo assim, ele ressaltou a importância da entrada da modalidade Sevens (com sete para cada lado) no programa olímpico do Rio 2016.
Quais são os objetivos do rúgbi brasileiro para os próximos anos?
O rúgbi de 15 voltou a ser a prioridade da confederação, está sendo desenvolvido um projeto com seis centros de treinamento que envolvem atletas que foram selecionados dentro de um projeto de alto rendimento. Aqui no Rio Grande do Sul, o centro foi instalado em Novo Hamburgo. Lá nos reunimos quatro dias por semana, com treinos de três horas de duração sob orientação de um profissional de educação física e um treinador argentino para a parte técnica. Nesta academia, reúnem-se atletas de todas as equipes do Estado, sendo que apenas estes jogadores das academias de treinamento podem chegar à seleção. O objetivo disto tudo é capacitar a seleção para as Eliminatórias em 2017. O objetivo é chegar à Copa do Mundo de 2019 no Japão.
O que você acha da entrada do rúgbi de sete no programa olímpico?
O retorono do rúgbi ao programa olímpico tão somente retrata a grandeza do esporte, não tão conhecido por aqui no Brasil, mas muito popular em outras partes do planeta. É tido como o segundo esporte coletivo mais popular. Acho que o sevens é uma modalidade que facilita a propagação do esporte e, para nós, é de fundamental importância a sua reestreia na Olimpíada aqui no Brasil para a popularização do nosso esporte. Acredito que foi um grande passo dado pela WorldRugby para ampliar os horizontes do rúgbi, em especial aqui no Brasil.
Como você avalia o momento do rúbgi gaúcho no cenário nacional?
O Rio Grande do Sul tem galgado espaços a cada ano. Hoje, temos uma equipe no Super 8, nas últimas edições da Taça Tupi (segunda divisão do campeonato nacional), sempre tivemos uma equipe gaícha na final. No sevens feminino, a equipe do Charrua é uma das mais fortes do país. Mas, apesar disso, acredito que hoje precisamos reavaliar um pouco a nossa estrutura, precisamos buscar treinadores com vasta qualificação para que nossas equipes possam dar mais um passo. O rúgbi cresce aqui, mas não temos um número adequado de treinadores para que o crescimento seja qualificado tecnicamente. A expansão é muito grande, muitas equipes nas mais diversas cidades estão surgindo, e precisamos ter estrutura para dar suporte a todos.
*ZHESPORTES