O Atlético-PR mostrou valentia no Feliciano Cáceres, lutou muito, mas foi eliminado nas quartas de final da Copa Sul-Americana. Derrotado por 1 a 0 em Curitiba, o Sportivo Luqueño foi eficaz no primeiro tempo, não finalizou uma vez sequer na etapa final, suportou a pressão e venceu o rubro-negro por 2 a 0, na noite desta quarta-feira, em Luque, no Paraguai. O time, que ocupa apenas a 11ª colocação entre 12 clubes no Campeonato Paraguaio, enfrentará o vencedor de River Plate ou Chapecoense em uma das semifinais. Vaga histórica para o Luqueño, que disputa a Sul-Americana pela primeira vez.
O início do jogo não poderia ter sido melhor para o Luqueño e pior para o Atlético. Na primeira investida com qualidade do time paraguaio, Kadu falhou, Ortega ficou com a bola, chapelou Vilchez e finalizou por cobertura, sem chance para Weverton. Um belo gol com apenas três minutos no Feliciano Cáceres e tudo igual na luta pela vaga na semifinal. Weverton evitaria o segundo aos 27, após nova falha defensiva do Atlético e finalização de Ortega.
O Atlético tratou de valorizar a posse de bola na tentativa de transpor a marcação rival. Mas faltou objetividade e precisão. Marcos Guilherme e Nikão não conseguiram fazer a diferença na criação, e a situação rubro-negra se complicou quando Hernández cometeu pênalti em Mendieta. O zagueirão Leguizamón cobrou mal, Weverton espalmou, mas o próprio jogador ficou com a sobra e conferiu para fazer Luqueño 2 a 0 aos 35 minutos.
Diante de um rival que ofereceu campo e recuou mais do que o necessário após a vantagem construída, o Atlético, com o passar dos minutos, passou a pressionar o Luque. Com mais posse de bola e apostando em jogadas pelas laterais, o Furacão tomou conta do jogo e só não conseguiu aos 24 graças ao goleiro Chena. Jogada de Dellatorre pela esquerda e arremate de Nikão defendido pelo goleiro do Luqueño.
Se o Luqueño seguia sem uma única finalização no segundo tempo, o Atlético era todo ataque. Cristóvão Borges tornou o time ainda mais ofensivo ao garantir o ingresso do centroavante Cléo na vaga do lateral-direito Eduardo, aos 31. A pressão atleticana ruiu aos 41, após falta de Nikão em Aldama, que, depois, recebeu uma cabeçada do atleticano. Nikão, que havia sido vítima de injúrias raciais pela torcida do Luqueño nas redes sociais, foi expulso e ainda trocou sopapos com outros jogadores paraguaios. Sobrou vontade nos minutos finais, mas o gol da classificação não veio.
*LANCEPRESS