Rogério Zimmermann estava chegando ao hotel do Brasil-Pel em Juiz de Fora quando me atendeu ao telefone. Percebia-se daqui, a 1,6 mil quilômetros de distância, a euforia pela vaga nos mata-matas da Série C. O bate-papo foi rápido:
O Brasil-Pel está a 180 minutos da Série B. A festa foi grande?
Está sendo. Mas foi justo. Desde a primeira rodada ficamos na zona de classificação. Mas conseguimos manter a serenidade. Temos jogadores experientes, como Martini, Teco, Márcio Hahn, Gustavo Papa. Passaram por esses momentos antes e sabem como é.
Por pouco a vaga não escapou nos últimos cinco minutos.
Quando terminou o jogo, esperava que o 2 a 0 no Tupi garantiria a vaga. Mas sabia que havia o jogo do Juventude ainda. Alguns jogadores tentaram ouvir o jogo no celular. Eu disse: "Desliga isso aí, sofremos 90 minutos, não merecemos sofrer mais. Depois o supervisor vem e nos avisa."
Mas como foi controlar a ansiedade.
Esperamos no vestiário, tranquilos. Claro que quando veio a notícia da vaga a festa foi grande. Às 4h embarcamos no ônibus e vamos para o Galeão, no Rio. Mas era isso que queríamos, tornar o Brasil um time de aeroporto.
O Bento Freitas vai estar liberado para o mata-mata?
Acredito que sim. Somos muito fortes no nosso estádio. E temos um time acostumado com decisão. Nos últimos três anos, o Brasil vem decidindo sempre.
*ZHESPORTES