Foi difícil encontrar Gustavo Kuerten em casa na temporada de 2000. No melhor ano da carreira do tenista catarinense, ele passou muito tempo na estrada. Essa foi a temporada em que Guga mais atuou, foram 114 jogos - 90 apenas de simples - e 147 dias oficiais de torneios. Se você contar os dias usados nas viagens e também nos treinos fora do território brasileiro os dias longe de casa se aproximam de 230.
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Há 15 anos, a derrota que levou Guga ao topo do mundo
Para chegar ao primeiro lugar do ranking mundial vencer pela segunda vez Roland Garros era imprescindível. Por isso a dedicação ao torneio francês, que se tornou um lugar especial para o manezinho. Para isso, era necessário ficar longe de casa e concentrado nos treinos.
Lazer longe de casa era comprar cds
Mesmo sendo um dos atletas mais conhecidos do mundo, Guga não deixava de praticar velhas manias. Um delas era procurar e comprar CDs.
Logo depois de vencer pela segunda vez o Grand Slam da França - a primeira foi em 1997 -, o catarinense foi até a Champs-Elysées, uma das principais avenidas de Paris, para comprar CDs.
- Era um ritual de ir ao torneio e quando tinha sucesso ir a uma loja para comprar CDs. As pessoas desconfiavam que era eu. Comprava muitos CDs. Falava até para a mãe, vai bater perna por ai que vou demorar. Escutava muitos e alguns comprava pela capa. Na época queria completar a coleção do Bob Marley, também aproveitava para conhecer coisas que só tinham na Europa - lembra.
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Há 15 anos, Gustavo Kuerten era o principal atleta brasileiro e existia até um programa de televisão exclusivo seguindo os passos do tenista. Apesar de ser outro tempo, sem redes sociais e a disseminação da internet, a febre Guga estava espalhada pelo Brasil. Por isso vir para Florianópolis era missão complicada.
- Vinha para casa com tudo acertado. Chegava, geralmente tinha uma coletiva e depois aproveitava o tempo com amigos e família. Em 2000 fiquei poucos dias aqui.
* Em 3 de dezembro, Gustavo Kuerten comemora os 15 anos da liderança do ranking de tênis. Até lá, o Diário Catarinense publicará matérias especiais. Identificadas pelo selo oficial do Guga.