A Câmara Municipal do Rio de Janeiro rejeitou, nesta quarta-feira, a mudança de nome do Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. O projeto, de autoria de Paulo Pinheiro e Renato Cinco (Psol) e Marcelino de Almeida (Pros), foi rejeitado por 19 vereadores, recebendo o apoio de apenas oito.
A proposta inicial era dar o nome de João Saldanha ao estádio, que pertence à prefeitura do Rio, mas é administrado pelo Botafogo por concessão. A arena ficou fechada por quase dois anos, depois de passar por problemas estruturais em 2013, e foi reaberta em fevereiro.
O novo presidente do Botafogo, Carlos Eduardo Pereira, então decidiu mudar o nome do estádio para Nilton Santos, homenageando o lateral-esquerdo que fez história no clube. Por isso, o projeto de lei recebeu um substitutivo, o que significa que a votação desta quarta-feira pretendia mudar o nome do Engenhão para "Estádio Nilton Santos". Com a derrota da proposta, o projeto foi arquivado.
Antes, o Botafogo havia solicitado à prefeitura do Rio a alteração do nome do estádio, mas o prefeito Eduardo Paes (PMDB) rejeitou a ideia por considerá-la deselegante com João Havelange, que deixaria de ser homenageado sem razão. Mesmo assim, a prefeitura aceitou que o clube passasse a se referir ao estádio pelo nome de Nilton Santos.
Até o estádio ser interditado, em março de 2013, o Botafogo só se referia ao Engenhão como "Stadium Rio", em uma tentativa de criar um nome que permitiria a introdução de uma marca, caso os administradores conseguissem vender os chamados naming rights. Para o COI e para o Comitê Rio-2016, ele é o "Estádio Olímpico" e assim será chamado na Olimpíada do Rio.
*AE