Muricy Ramalho viu com estranheza o comportamento da torcida do São Paulo durante a vitória sobre o São Bento por 1 a 0, na quinta-feira, no Morumbi. Enquanto a principal organizada do clube cobrava "trabalho", seu principal lema, os torcedores comuns o apoiavam.
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O técnico não falou se as críticas podem ter sido mandadas, mas durante entrevista após a volta a partida voltar a relacionar o assunto com um susposto movimento para derrubá-lo do clube. Ele garante que não vai jogar a toalha, mas clama pelo apoio da arquibancada.
- Essa torcida que sempre grita meu nome, é estranho, né? Mas a gente vai continuar trabalhando mesmo, que é uma obrigação e a gente espera que apoiem. É um momento que a gente entende, não fomos bem, normal a torcida está zangada pelo momento nosso. A única maneira de mudar é vencer e vamos atrás disso. Até pedimos com humildade, peço que eles apoiem a gente. É o São Paulo, não a mim. isso é fundamental, eles fizeram a diferença anos atrás, e agora podem fazer de novo - afirmou o treinador.
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Na mesma entrevista, Muricy admitiu um racha no clube e apontou para a diretoria e não o ambiente entre os jogadores, que ele considera saudável. Ao mesmo tempo, o técnico voltou a falar sobre pessoas que supostamente o querem ver fora do clube.
- O negócio é o seguinte: meu sonho era me aposentar aqui, encerrar a carreira aqui, porque devo muito a esse clube, à torcida, eles que me trouxeram de volta. Ainda bem, porque pude ajudar a não passar por desastre. E realmente pela torcida e por tudo que represento no futebol, vou lutar sempre. Só que tem hora que há coisas no futebol, e não sou nenhum menino, de tentar me derrubar. Porque senão vou brigar até o último. Sou determinado, nos momentos ruins vou crescer mesmo. Sei que não é fácil, conheço bem as coisas aqui e vamos sair desse momento - disparou o treinador.
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Sobre as coisas que não ajudam em nada, recentemente o presidente Carlos Miguel Aidar foi ao CT da Barra Funda encontrar Muricy na tentativa de afastar rumores de que não estava ao lado do técnico. O encontro dos dois, porém, foi rápido e frio e sempre que perguntado se há respaldo na presidência, o treinador não passa firmeza.
* Lancepress
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