No embate contra Didier Deschamps, técnico da França, Dunga levou a melhor nesta quinta-feira e chegou ao sétimo jogo consecutivo com vitória, uma campanha de 100% desde o seu retorno à Seleção Brasileira.
Mas, sem entusiasmo, vê os objetivos ainda distantes. No próximo amistoso contra o Chile, neste domingo, em Londres, o técnico prepara uma equipe modificada para poupar os atletas e dar oportunidades a quem busca um lugar de titular.
Wianey Carlet: Dunga é vitória
Em entrevista depois da vitória por 3 a 1, Dunga estava sereno após a demonstração de força de seu time no Stade de France. Frisou em vários momentos não ter encarado o choque como uma revanche em relação ao 3 a 0 da final da Copa de 1998, mas sim como um desafio por enfrentar uma equipe forte.
Relembre os lances da partida
- Não vejo como uma revanche, mas é sempre positivo ganhar de uma seleção forte como a da França - afirmou, tirando o peso da derrota do passado. - O que passou, passou. Criar uma atmosfera além do necessário acaba atrapalhando. O jogo contra a França fala por si, com grandes campeões de cada lado. Se colocar uma carga maior, acaba tendo efeito contrário.
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Segundo o técnico, além de enfrentar um adversário forte, bem postado, a Seleção Brasileira ainda teve de enfrentar a falta de entrosamento, já que estava há três meses sem treinar.
- A equipe se mostrou bem, estava compacta, saiu para o jogo - elogiou, admitindo que teve de reposicionar a equipe para evitar os problemas com a bola parada, que atribuiu à qualidade do adversário, e não a falhas da defesa.
Dunga também não entrou em avaliações individuais, limitando-se a citar nomes, como o de Roberto Firmino, que estreou como titular. Sobre o aproveitamento impecável nos amistosos desde que assumiu, após o fracasso da Copa do Mundo, Dunga elogiou o grupo que montou.
- Não sou eu, são os jogadores que estão fazendo em campo. Estamos apenas no caminho. O nosso objetivo hoje está muito longe de ser tratado - disse ele.
Para o jogo contra o Chile, neste domingo, no Emirates Stadium, em Londres, Dunga pretende mandar a campo um time modificado, ainda que preservando a base. As mudanças levarão em conta o desgaste dos atletas, assim como a necessidade de dar oportunidades aos reservas.
- Vamos ver quais jogadores estão mais ou menos desgastados. Mas não podemos trocar todos. Vamos manter uma base - garantiu.
* Estadão Conteúdo
Brasil 3 x 1 França
Com 100% de aproveitamento, Dunga vê objetivo longe e planeja mudar equipe
Técnico da Seleção afirma que vitória não pode ser vista como uma revanche à final da Copa de 98
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