O futebol brasileiro já assistiu a pelo menos quatro casos de racismo em 2014. Márcio Chagas da Silva, Tinga, Arouca e Paulão foram ofendidos e viram punições monetárias aos seus agressores. O único time punido com perda de pontos foi o Esportivo, mesmo assim, foram apenas três.
No início do ano, no Gauchão, o árbitro Márcio Chagas da Silva encontrou bananas sobre o seu carro após apitar o jogo entre Esportivo e Veranópolis. O clube de Bento Gonçalves foi julgado com a perda de nove pontos e multa de R$ 30 mil. Porém, o time recorreu e punição caiu para três pontos, com multa de R$ 60 mil. O Esportivo foi rebaixado no Gauchão, mas muito em função de sua campanha na competição. Se o clube tivesse uma vitória a mais, não teria descido. Em âmbito judicial, a Polícia Civil de Bento Gonçalves encerrou o inquérito sem indiciar ninguém.
Já no caso do volante Tinga, do Cruzeiro, ofendido na Bolívia durante jogo da Libertadores, a punição ficou apenas no dinheiro. O Real Garcilaso recebeu multa de US$2 mil dólares e uma advertência da Conmebol.
O Santos viu um de seus atletas ser vítima de racismo em março. Arouca foi ofendido por torcedores do Mogi Mirim, durante o Campeonato Paulista. A punição ao clube foi de R$ 50 mil, porém foi diminuída para R$ 25 mil ao longo do processo. O estádio do Mogi chegou a ficar interditado, mas não por muito tempo.
E a própria Arena já foi palco de atos racistas em 2014. O zagueiro Paulão, do Inter, acusou alguns torcedores de gritarem termos ofensivos contra ele durante Gre-Nal, também em março. A falta de imagens do ato impediu que o processo fosse levado à Justiça desportiva. O Tribunal de Justiça do Estado aplicou multa de R$ 80 mil ao clube.