Dos 87 torcedores argentinos impedidos de ingressar no Brasil, 41 deles foram barrados nas fronteiras gaúchas, de acordo com balanço da Polícia Federal divulgado na tarde desta terça-feira (15). O governo argentino repassou uma listagem de 2100 nomes fichados por antecedentes de violência em estádios de futebol na Argentina. Um deles tentou, por duas vezes, entrar no Brasil em diferentes pontos, mas a fiscalização impediu o ingresso. Ao todo, mais de 100 mil estrangeiros entraram no país pelas seis pontos de fronteira terrestre e aeroporto Salgado Filho. Ainda de acordo com o balanço, 53 foram multados e notificados a deixar o país por envolvimento em ocorrências policiais.
A Polícia Federal ainda investiga como um dos barra-bravas furou o bloqueio e inclusive assistiu o jogo entre Argentina e Nigéria no Beira-Rio no dia 25 de junho. Pablo Bebote Alvares, um dos líderes da torcida organizada Hinchadas Unidas Argentinas, foi detido apenas em Brasília, dias depois de circular pelos camarotes de Porto Alegre. "Sabíamos que, em alguns casos, isso poderia acontecer e por isso o trabalho de investigação após a entrada dos torcedores também foi muito eficiente. Tanto que esse torcedor foi deportado assim que localizado", destacou o superintendente da Polícia Federal no estado, delegado Sandro Caron.
Durante a Operação Copa, 80% do efetivo da superintendência gaúcha da Polícia Federal esteve envolvido. A estratégia de atuação nas fronteiras será repetida na Olimpíada de 2016. A Copa deixou como legado incremento no armamento e equipamentos dos agentes, além de 10 viaturas blindadas e implantação do único laboratório de DNA da Polícia Federal fora de Brasília, instalado na PUC e com investimento superior a R$ 1,2 milhões.