O procurador do Tribunal de Justiça Desportiva (TJD-RS), da Federação Gaúcha de Futebol (FGF), Alberto Lopes Franco considerou branda a pena para o Esportivo. O clube de Bento Gonçalves foi punido pelos insultos racistas de sua torcida ao árbitro Márcio Chagas, na partida contra o Veranópolis, no último dia 5.
No entanto, ao invés de perda de pontos ou exclusão do Gauchão, a 2ª Comissão Disciplinar puniu o clube com multa de R$ 30 mil e perda de cinco mandos de campo.
"Não foi feita justiça. Justiça seria a perda de pontos, pois aqueles torcedores que fizeram manifestações racistas saberiam que foram responsáveis pelo rebaixamento do clube", afirmou Lopes Franco.
No julgamento desta quinta-feira (13), a Comissão compreendeu em decisão apertada, com o voto do presidente servindo para o desempate, que o clube só poderia ser punido com perda de pontos se houvesse entre os torcedores alguém ligado ao clube, como um diretor, por exemplo. O procurador discorda da interpretação.
"Não existe maior vinculo do tercedor com um clube que não seja a paixão. Com certeza vamos recorrer", disse.
Com o recurso, o caso volta a ser julgado, mas dessa vez pelo Pleno do Tribunal, formado por nove auditores, em data indefinida. A última instância é o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
Ouça o que disse Alberto Lopes Franco após julgamento