No primeiro Gre-Nal do ano, 1 a 1 na Arena, iniciou-se um ciclo para o Grêmio: Enderson Moreira achou um time sustentado pelos três homens de contenção no meio-campo e descobriu uma promessa de craque: Luan. O Gre-Nal deste domingo, 2 a 1 para o Inter também na Arena, talvez não feche este ciclo, mas expõe deficiências até então não vistas no time e no técnico. Deficiências sérias.
A primeira é do próprio Enderson. Ele não teve agilidade mental suficiente para mudar seu time em meio à partida, quando estava claro que o Inter viera diferente do intervalo. Pior: nos momentos em que Enderson mudou o time, mudou errado. Dudu jogava muito mais do que Luan. Se algum atacante tivesse de sair, seria Luan. Depois, Enderson colocou Maxi Rodriguez e deixou Jean Deretti no banco até os 40 minutos. Você sabe, eu sei, todos sabem que Deretti tem sido muito mais agressivo e efetivo que Maxi em 2014. Enderson não sabia.
A segunda deficiência está no coração da zaga do Grêmio. Werley devia estar marcando Rafael Moura nos dois gols. No segundo, o centroavante chegou a se agachar para cabecear. Mais grave ainda: no primeiro tempo, houve um lance exatamente igual, e Marcelo Grohe defendeu de forma quase inverossímil. Há um furo aí. Enderson precisa tapá-lo.