A terça-feira (25) pode marcar um importante e decisivo capítulo para a realização da Copa do Mundo em Porto Alegre. A Assembleia Legislativa deve apreciar hoje o projeto do governo gaúcho que concede isenções fiscais de até R$ 25 milhões para empresas interessadas em montar as estruturas temporárias exigidas pela Fifa no Estádio Beira-Rio.
No entanto, apesar de constar na ordem do dia, o texto talvez não seja votado nesta terça-feira. Segundo o presidente do Legislativo, Gilmar Sossela (PDT), existem vetos do governo na fila de votação e é necessário quórum mínimo de 28 deputados - metade mais um - para a realização da sessão.
Se a matéria for aprovada, o Internacional precisará apresentar os parceiros ao governo gaúcho para que sejam encaixados no programa de incentivo à Copa criado por lei. Prefeitura e Piratini têm reunião marcada com a Fifa amanhã, no Rio de Janeiro, para dar um parecer sobre os próximos passos da operação.
Ontem, em entrevista à Rádio Gaúcha, o prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, admitiu que não haverá Mundial na cidade sem a aprovação do projeto de isenção:
"Este é o ponto que representa o gargalo em termos de realização da Copa em Porto Alegre. Se não for votado (o projeto), consequentemente, não teremos Copa em Porto Alegre. Porque não teremos como buscar recursos. Não tem plano B, não tem plano C, não tem plano D. A única alternativa é essa", afirmou o prefeito.
O secretário estadual do Planejamento, João Motta, garantiu que empresas já estão sendo contatadas para construir as estruturas temporárias do Beira-Rio. Só em ICMS, o cálculo é que R$ 35 milhões entrem nos cofres do Estado com a Copa.
Impasse com as estruturas temporárias
Com custo estimado entre R$ 20 milhões e R$ 30 milhões, as estruturas temporárias são espaços que vão abrigar desde as equipes escaladas para os jogos e imprensa até os trabalhadores da segurança. Utilizadas apenas para o Mundial, elas são compostas por contêineres, tendas, geradores de energia, equipamentos de tecnologia da informação, máquinas de raio X, zonas de hospitalidade e um centro de mídia, dentre outras obrigações.