Na manhã deste domingo, a Seleção Brasileira Feminina de Vôlei entrou em quadra na Arena Amil, em Campinas, pela terceira rodada do Grand Prix em busca de sua vigésima vitória consecutiva e alcançou o objetivo. O Brasil fechou a partida contra os Estados Unidos em 3 sets a 1, com parciais de 17-25, 25-23, 25-18 e 25-20.
As duas seleções, que fizeram a final na Olimpíada de Londres em 2012, começaram a partida justificando a superioridade mundial, e mesmo com as equipes em processo de renovação, o Brasil imprimiu um ritmo forte no início da partida com ótimos bloqueios de Juciely e Adenizia.
Porém, as jovens Kelly Murphy e Kimberly Hill, que são os principais destaques da renovação norte-americana, dominaram as ações de ataque a partir do décimo ponto e contaram com diversas falhas na recepção da equipe brasileira para abrir uma larga vantagem no marcador fechar o primeiro set sem muitas dificuldades em 25 a 17.
Logo no início no segundo set, uma polêmica tomou conta da partida. Monique foi para o saque, mas reclamou que a bola estava murcha. Por conta de sua demora, o Brasil acabou perdendo um ponto, e isso gerou a revolta do técnico José Roberto Guimarães que chegou a invadir a quadra para mostrar aos juízes a bola.
Funcionou como uma injeção de ânimo para a Seleção Brasileira, que foi com tudo para cima das americanas e chegou a abrir 6 a 4 no placar. A vantagem logo desapareceu por conta do ótimo aproveitamento de Christa Harmotto, que levou as americanas novamente à frente no placar. Então, o técnico Zé Roberto colocou a central Fabiana para tentar aumentar a experiência do time.
A mudança começou a surtir efeito a partir da metade do set, quando Fernanda Garay entrou no saque e forçou o fundamento contra as americanas, que não conseguiam acertar o passe, fazendo com que o Brasil abrisse dois pontos de vantagem, com 18 a 16. A pequena folga no placar se estendeu até o fim da parcial, até que Camila Brait levantou a bola para Fernanda Garay superar o bloqueio americano e finalizar o segundo set em 25 a 23, para empatar a partida em 1 set a 1.
A jovem Gabi, de 19 anos, iniciou o terceiro set chamando o jogo e comandou o ataque brasileiro como se fosse uma veterana no esporte. Explorando bem sua pouca estatura, a ponteira deu uma boa vantagem ao Brasil no set em 12 a 9.
Com boas atuações de Fabiana e Fernanda Garay, a diferença foi se tornando ainda maior, e, com certa tranquilidade, as brasileiras liquidaram a fatura em 25 a 18, faturando o terceiro set e virando a partida em 2 sets a 1 para o Brasil.
As americanas voltaram com outra postura no quarto set, e passaram a agredir mais a seleção com Kimberly Hill e Harmotto. As adversárias conseguiram abrir cinco pontos de vantagem, com 10 a 5 no placar. Então, Zé Roberto promoveu a entrada de Sheilla para melhorar o poder de fogo do Brasil.
Como sempre, Sheilla mudou o astral da equipe e com sua segurança, trouxe a confiança necessária para o time buscar a desvantagem e virar a partida em 15 a 14. Fabíola, que entrou no lugar de Dani Lins, investiu muito na jogada "china" com Juciely, que por três vezes levaram a torcida ao delírio.
Isso foi o suficiente para fazer as brasileiras voarem em quadra e fecharem o quarto set em 25 a 20, conquistando a terceira vitória consecutiva no Grand Prix.