O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, confirmou na noite desta terça-feira que o Engenhão será fechado por tempo indeterminado. Em coletiva, Paes afirmou que o problema do estádio é estrutural e que, por contrato, quem deve assumir a responsabilidade é a Prefeitura:
- Não há qualquer relação desse risco estrutural com a maneira como o Botafogo vem conduzindo as coisas. O contrário, há uma série de problemas que o clube vem resolvendo de maneira satisfatória. É um problema estrutural da cobertura.
Em contrato firmado na época em que Cesar Maia ainda era prefeito do Rio de Janeiro, a empresa Delta era a construtora. Porém, durante a construção o consórcio OAS/Odebrecht assumiu o projeto com algumas condições. Entre elas, a de que a responsabilidade financeira em caso de problema estrutural ficaria a cargo da prefeitura.
Uma explicação mais detalhada está marcada para esta quarta-feira, na parte da manhã. Estarão presentes o presidente da RioUrb e um engenheiro do consórcio.
Enfático, Eduardo Paes garantiu que irá resolver o problema de maneira correta e não fará uso de soluções paliativas:
- Eu não sou de fazer gambiarra, não vou colocar um pauzinho. Vou dar uma solução definitiva. Não vou puxar cabinho e corda. O consórcio me apresentou o diagnóstico do problema, mas ainda não me apresentaram a solução. Se me apresentarem uma solução que feche o Engenhão um mês, vai ficar um mês fechado, se for um ano, fica um ano fechado.
Se o problema do Engenhão se arrastar, Paes disse que o Maracanã pode ser a saída, mas só depois da Copa das Confederações.
- Conversei com o governador Sérgio Cabral nesta terça, e o Maracanã vai estar liberado.
CONSÓRCIO
Por meio da assessoria de imprensa, o consórcio do Engenhão informou que "está acompanhando as discussões sobre o tema e forneceu subsídios à Prefeitura sobre a questão. Nesta quarta-feira, haverá um pronunciamento técnico sobre os problemas encontrados".