Após a vitória épica contra a Rússia, a seleção brasileira feminina de vôlei garantiu com tranquilidade a vaga na decisão nos Jogos Olímpicos de Londres, nesta quinta-feira. O Brasil armou uma verdadeira muralha e derrotou o Japão por 3 sets a 0, parciais de 25 a 18, 25 a 15 e 25 a 18, com 14 pontos de bloqueio.
Agora, a equipe irá reeditar a final de Pequim/2008, contra os Estados Unidos, que atropelaram as sul-coreanas na semifinal por 3 sets a 0 (25/20, 25/22 e 25/22). O jogo será às 14h30 (de Brasília) de sábado. Em Londres, as seleções já se encontraram na primeira fase, com vitória das americanas por 3 sets a 1.
Há quatro anos, o time do técnico José Roberto Guimarães conquistou o ouro ao bater as rivais. Caso vença outra vez, o treinador se tornará tricampeão olímpico, pois levou a medalha também em Barcelona/1992, com os homens.
O jogo
O primeiro set começou disputado ponto a ponto. O Brasil levava vantagem nos bloqueios enquanto as japonesas tinham em Saori Kimura sua principal arma ofensiva, principalmente nos ataques pela diagonal.
O meio da etapa chegou empatado em 15 a 15, quando o Japão fez condução e as brasileiras abriram dois pontos de vantagem. De bloqueio mais uma vez, desta vez de Fabiana, a equipe nacional finalizou um belo rally, deixou o duelo em 18 a 15, e obrigou as rivais a paralisarem a partida.
As japonesas defendiam muito bem, mas não conseguiam passar pelo "muro" brasileiro, que terminou o período com oito pontos. Jaqueline, no corredor, e Dani Lins, de segunda, encaminharam o set ao fazerem 23 a 17. Coube a Fabiana fechar em 25 a 18.
No segundo set, o Brasil seguiu o ritmo da etapa anterior e colocou quatro pontos sobre as japonesas. Confiante, Sheilla passou a distribuir pancadas.
Após pedido de tempo, as japonesas ameaçaram uma reação, mas Fernanda Garay fez bloqueio simples e voltou a deixar a diferença em quatro pontos. Com facilidade, o Brasil abriu sete pontos de vantagem e bateu as adversárias por 25 a 15.
Além dos bloqueios, o Brasil tinha um bom aproveitamento com os ataques pelo meio, com Sheilla e Thaísa. Com um ataque da central, o jogo ficou em 10 a 7 e abalou a concentração das rivais, que deram dois pontos de erros para as brasileiras.
O time seguiu frio no jogo. Em contra-ataque, Sheilla atacou no fundo e dificultou a recepção japonesa, que não evitou o 16 a 11. Novamente pelo meio, Thaísa encaminhou a vitória brasileira ao deixar o duelo em 20 a 14 e minutos depois a equipe confirmou a classificação para ao final ao fazer 25 a 18.
