Correção: São Paulo, Santos e Grêmio são os times brasileiros tricampeões na história da Libertadores, e não apenas o São Paulo, como foi publicado até às 9h50min do dia 30 de setembro de 2021. O texto está corrigido.
Últimos campeões, Flamengo e Palmeiras vão decidir a Copa Libertadores de 2021 no dia 27 de novembro, no Estádio Centenário, em Montevidéu, no Uruguai. Pela segunda edição seguida a decisão reunirá dois brasileiros, após o time paulista superar o Santos no começo do ano. Os cariocas voltam à final após dois anos com nova vitória sobre o Barcelona, em Guayaquil, pelos mesmos 2 a 0 do Rio. Herói no Maracanã, Bruno Henrique novamente definiu, com outros dois gols.
Com a confirmação da final brasileira, o país terá mais um tricampeão — São Paulo, Santos e Grêmio já conquistaram o torneio três vezes. Os finalistas de 2021 já têm dois títulos cada. O Flamengo ganhou do River Plate na final em 2019, enquanto o Palmeiras é o atual campeão ao despachar o Santos no Maracanã.
Serão dois meses de espera até nova final entre os rivais, que já decidiram a Supercopa do Brasil no começo do ano, com conquista dos cariocas nos pênaltis, no Mané Garrincha, no Distrito Federal. Até lá, vão tentar buscar o líder Atlético-MG na disputa pelo Brasileirão.
Com Filipe Luís e Arrascaeta de volta, o Flamengo prometia ser ofensivo em busca de um gol que praticamente definiria a vaga. Mal a bola rolou no Monumental, porém, e Andreas Pereira já levou cartão amarelo. Com menos de um minuto o flamenguista já estava pendurado. Herói no primeiro jogo, Bruno Henrique iniciou o duelo no Equador sendo caçado, sofrendo duras chegadas. Para piorar, o zagueiro David Luiz caiu sentindo lesão muscular na virilha com somente sete minutos. Acabou substituído.
Empurrado pela torcida, o Barcelona queria buscar um gol rápido para pressionar os cariocas. Mas a estratégia que deu certo foi a de Renato Portaluppi. O técnico queria explorar os espaços e festejou com 17 minutos.
Everton Ribeiro serviu Bruno Henrique com precisão. O atacante driblou o goleiro e ampliou ainda mais a já ótima vantagem carioca. Com 1 a 0 ao Flamengo, apenas quatro gols dos equatorianos impediriam uma final brasileira. Em vantagem, os visitantes queriam mais e Andreas Pereira carimbou a trave após receber de Bruno Henrique.
Com vantagem parcial no intervalo, o Flamengo tinha nova preocupação. Bruno Henrique foi para o vestiário com dores na coxa. Substituição? O atacante voltou para a etapa final para melhorar ainda mais seus números no confronto e na Libertadores.
Em nova assistência de Everton Ribeiro, que recebeu de Gabriel Barbosa e poderia tentar anotar, o atacante ampliou a vantagem. Provocado, mandou por entre as pernas do defensor e saiu com as mãos na orelha querendo ouvir o grito dos torcedores. Foi seu quarto gol contra o time de Guayaquil e o sexto na competição. Uma ducha de água fria nas pretensões do Barcelona.
De volta ao estádio após muito tempo por causa da pandemia de covid-19, os torcedores do Barcelona se divertiram com gritos de olé nos minutos finais a cada toque da equipe. Mesmo eliminados, eles seguiram aplaudindo o time, vibraram com as roubadas de bola e vaiaram o Flamengo.
A festa, contudo, foi carioca. E o resultado positivo também foi histórico para o técnico Renato. Contando a época de jogador e também a passagem pelo comando do Grêmio, o treinador chegou a 50 vitórias na Libertadores.
FICHA TÉCNICA
BARCELONA-EQU 0 X 2 FLAMENGO
BARCELONA-EQU - Burrai; Castillo, León, Riveros e Pineida; Piñatares (Oyola), Carcelén (Perlaza) e Martínez; Garcés (Cortez), Preciado (Díaz) e Mastriani. Técnico: Fabián Bustos.
FLAMENGO - Diego Alves, Isla, Rodrigo Caio, David Luiz (Gustavo Henrique) e Filipe Luis (Renê); Willian Arão, Andreas Pereira (Bruno Viana), Éverton Ribeiro e Arrascaeta (Pedro); Bruno Henrique (Michael) e Gabriel Barbosa. Técnico: Renato Portaluppi.
GOLS - Bruno Henrique, aos 17 minutos do primeiro tempo e aos 4 do segundo.
CARTÕES AMARELOS - Andreas Pereira e Willian Arão (Flamengo) e León e Piñatares (Barcelona).
ÁRBITRO - Roberto Tobar (Chile).
PÚBLICO - Não divulgado.
LOCAL - Estádio Monumental de Guayaquil.