A Conmebol anunciou na manhã desta terça-feira (13) que recebeu 50 mil doses da vacina contra a covid-19 produzida pela empresa chinesa Sinovac Biotech, batizada de "CoronaVac", e aplicará o imunizante nas equipes de futebol masculinas e femininas envolvidas nos torneios organizados pela entidade sul-americana. Assim, jogadores e comissões técnicas de clubes como Grêmio e Inter, que estão na Libertadores, serão vacinados.
Não há, até o momento, uma data prevista para a realização do processo de vacinação das equipes. Conforme o texto publicado no site da Conmebol, a logística e os detalhes operacionais ainda são analisados e serão informados posteriormente.
— É a melhor notícia que podia ser recebida para a família do futebol sul-americano, para a qual devemos nossos maiores esforços na Conmebol. É um passo adiante enorme para vencer a pandemia da covid-19, mas não significa de nenhum modo que vamos baixar a guarda. Manteremos nosso trabalho responsável, o que nos permitiu concluir nossos torneios sem contratempos e sem alterar os formatos — disse o presidente da entidade, Alejandro Domínguez, que complementou:
— Agradeço este grande gesto de solidariedade e de apoio da empresa Sinovac, que compreendeu que o futebol é uma atividade fundamental para a economia, a cultura e a saúde física e mental dos sul-americanos.
A negociação com o laboratório chinês foi intermediada pelo governo uruguaio. Por conta disso, a Conmebol agradeceu ao presidente Luis Lacalle Pou e a ministros e secretários do país vizinho. A entidade salientou, inclusive, que "nenhuma outra confederação no mundo conseguiu até hoje dispor dos imunizantes para iniciar um processo massivo de vacinação".
O comunicado faz menção, ainda, à Copa América, que está prevista para ocorrer entre junho e julho deste ano. Os envolvidos no torneio entre as seleções do continente também serão imunizados, de acordo com o texto.
Recentemente, o laboratório chinês Sinovac anunciou que dobrou a capacidade de produção de sua vacina contra a covid-19 para 2 bilhões de doses anuais. Em estudos realizados no Brasil, o imunizante apresentou eficácia em torno de 50% para prevenir o contágio e 80% para evitar uma intervenção médica. O Instituto Butantan produz, em parceria com o Sinovac, a CoronaVac em território nacional, com autorização para uso emergencial.