O primeiro gol da história da Libertadores completa 59 anos nesta sexta-feira. Em 19 de abril de 1960, o Peñarol goleou o Jorge Wilstermann, da Bolívia, por 7 a 1, no Estádio Centenário, de Montevidéu. Aos 13 minutos do primeiro tempo, o atacante Carlos Borges abriu o marcador diante de 35 mil espectadores e entrou para a história da competição.
Borges marcaria ainda mais um gol naquela partida. Curiosamente, foram seus dois únicos gols no torneio, que terminaria com o próprio Peñarol como campeão. Em 2014, o ex-atacante da seleção uruguaia na Copa do Mundo de 1954 morreu aos 82 anos.
— Tenho a honra de ter convertido esse primeiro gol na história da Copa, na curva Colombes logo após o início do jogo e lembro que me pendurei no tela para gritar. Minha pele se arrepiou. É um orgulho pessoal, e meus netos sabem que eu foi o autor do feito —disse orgulhoso em entrevista para o jornalista César Groba, autor do livro "Pionero de América-La historia de Peñarol en la Copa Libertadores de América".
Na entrevista, Borges descreveu toda a jogada:
— Foi um avanço de Juan Eduardo Hohberg que deu um longo passe para o 'Negro' Cubilla, que adiantou e chutou o gol, a bola quicou na horizontal e no rebote eu acertei com força e houve um toque no jogador boliviano Rocabado. Eu peguei o segundo rebote e joguei no meio do gol.
Nesta sexta, a própria Conmebol lembrou em sua redes sociais do feito de Carlos Borges, que venceu sete campeonatos uruguaios, além daquela Libertadores, pelo Peñarol.