Em virtude da confusão ocorrida no sábado passado (24), a final da Taça Libertadores da América foi adiada. A partida que seria realizada no Monumental de Nuñez acabou sendo transferida para Madrid, de acordo com o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez. Na tarde da última sexta (30), o Boca Juniors divulgou uma nota oficial dizendo que não quer disputar a partida. Neste sábado (1º), foi a vez do River Plate protestar via um comunicado.
De acordo com o "Millionario", o clube ratifica a sua recusa na mudança de sede da final. O River entende que a decisão prejudica quem comprou ingresso e afeta a igualdade de condições, por conta da falta do mando de campo. No jogo de ida, na Bombonera, as duas equipes terminaram empatadas em 2 a 2.
Na visão do Boca, não existe mais clima para que a partida seja disputada. O River acabou punido pela Conmebol com uma multa de US$ 400 mil (R$ 1,543 milhão).
Confira os demais trechos do comunicado do River Plate:
A responsabilidade pela falha na operação de segurança no sábado dia 24, ocorrida fora do perímetro do evento, foi assumida abertamente pelas mais altas autoridades do Estado. Isto equivale a dizer que o River Plate lamenta, se solidariza, mas não há responsabilidade do clube.
Mais de 66 mil torcedores no estádio aguardaram pacientemente durante cerca de oito horas no sábado e voltaram a fazer pela segunda vez no domingo. A estes torcedores se nega agora, sem justificativa, a possibilidade de assistir ao espetáculo, em virtude da evidente diferença de custos e a distância da sede eleita (Santiago Bernabéu).
É incompreensível que o clássico mais importante do futebol argentino não possa ser disputado com normalidade no mesmo após que nestes dias recebe o G-20. O futebol argentino em seu conjunto, e a Associação do Futebol Argentino (AFA) não podem e não devem permitir que alguns violentos atrapalhem a disputa do Superclássico em nosso país.