Se o torcedor do Flamengo tivesse ido ao Maracanã nesta quarta, teria deixado o estádio preocupado e com razão. O empate em 1 a 1 com o Santa Fe — o segundo em casa em dois jogos na Copa Libertadores — deixa a classificação do Grupo D totalmente aberta. Além disso, a equipe de Barbieri não foi bem.
Com cinco pontos, o Fla é o líder momentâneo da chave. O Santa Fe, com três, é o segundo. River Plate, com dois, e Emelec, com um, completam o grupo.
Na abertura do returno do Grupo 4, Flamengo e Indepediente Santa Fe voltam a se enfrentar na próxima quarta, dia 25. O duelo, desta vez, será no Estádio El Campin, casa do colombianos na capital Bogotá. O confronto será às 21h45.
Emelec e River Plate fecham a terceira rodada da chave nesta quinta, às 19h15, no Equador. Na semana seguinte, os clubes se enfrentam em Buenos Aires.
Muitas chances, apenas um gol
Diante de um rival frágil, o Flamengo logo encontrou espaços no meio para jogar e criar chances. Diego teve liberdade no início e, depois de tabelar, com Paquetá, ficou cara a cara com o goleiro, mas finalizou mal. Em seguida foi a vez de Henrique Dourado arriscar, mas o impedimento já havia sido assinalado.
Dono total do jogo, o time de Barbieri logo teve outra chance e, desta vez, o Ceifador não perdoou. De cabeça, desviou escanteio cobrado por Diego: 1 a 0.
O goleiro Zapata, inseguro pelo alto, mostrou dificuldade também por baixo, e colocou a mão em bola recuada. Com a bola quase na pequena área, o camisa 10 optou pela cobrança forte, que foi desviada na barreira e saiu por cima.
Cochilou e pagou caro
Apesar das arquibancadas vazias, o Flamengo mostrou-se contagiado pela energia dos 45 mil rubro-negros que foram ao estádio para assistir o treino de terça-feira. A postura, no entanto, não durou mais do que 20 minutos, e a equipe diminuiu demais a intensidade, colocando o Santa Fe na partida.
A equipe colombiana se soltou. Depois de algumas finalizações, deixou tudo igual aos 30 minutos. Em erro de Diego na saída de bola, Plata invadiu a área e tocou para Morelo. Livre, o artilheiro da Libertadores só empurrou para a rede.
Substituições surtem pouco - ou quase nenhum - efeito
O cenário continuou o mesmo na volta do intervalo. Com disposição, o Santa Fe se fechou atrás, à espera de um contra-ataque. O Flamengo, pouco criativo, parecia aguardar um lampejo de Vini Jr, Lucas Paquetá, Diego...
O Flamengo sequer conseguiu ensaiar uma pressão sobre o Santa Fe no Maracanã. Então, Barbieri colocou Arão e Lincoln nos lugares de Éverton Ribeiro e Henrique Dourado. As substituições pouco alteraram o confronto.
A partida continuou morna e o técnico do Flamengo colocou Geuvânio. Nos minutos finais, o Santa Fe deixou claro que estava satisfeito com o empate.
O Flamengo, na base da bola alçada na área, criou algumas oportunidades, mas Zapata, apesar dos vacilos que deu, não voltou a ser vazado no Maracanã. A grande chance veio com Diego, aos 42, mas o goleiro do Santa Fe defendeu.