A última terça-feira à noite entrou para a história do futebol sul-americano. Após perder a partida de ida, da semifinal da Libertadores, o Lanús precisava vencer o River Plate por dois gols de diferença e após sair em desvantagem, o time virou o marcador na segunda etapa e venceu por 4 a 2, resultado que o colocou pela primeira vez na final do torneio continental. Veja cinco características do finalista da competição.
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A primeira fase mostrou a força do time argentino longe dos seus domínios. Com um estilo de jogo onde prevalecia a marcação “pegada” e contra-ataques mortais, o Lanús não foi derrotado na fase de grupos. Em três jogos, duas vitórias (Chapecoense e Nacional) e um empate (Zulia).
No mata-mata, o técnico Jorge Almirón não modificou a forma da equipe jogar, mas não obteve resultados positivos. O time empatou com o The Strongest, em La Paz, mas foi derrotado pelo San Lorenzo e River Plate. Mesmo sem atingir as vitórias, o Lanús deu muito trabalho e ficou conhecido por ser um time “chato”.
Força dentro de casa
Sempre lotada, La Fortaleza é um verdadeiro alçapão. Dentro do seu estádio, o estilo do Lanús muda totalmente. Jorge Almirón costuma soltar o time e tomar conta do jogo sem dar muitos espaços para o adversário.
O fato curioso é que se tudo ia bem fora de casa, dentro dela a história era diferente. Na fase de grupos, o Lanús venceu apenas um duelo, diante do frágil Zulia, da Venezuela. Contra a Chapecoense, a equipe foi derrotada no campo, mas ganhou os pontos no tribunal por conta de uma escalação irregular do time brasileiro.
A partir das quartas de final a conversa foi outra. Com um time mais encaixado, pressionando o rival e no apoio da hinchada, o estádio virou um caldeirão e foi fundamental para reverter os placares contra San Lorenzo e River Plate.
Ataque Veloz
Se o time é forte na defesa, precisa de atacantes rápidos para sair no contra-ataque e dificultar a vida do rival. E o Lanús seguiu essa receita direitinho. Pela esquerda, Alejandro Silva costuma atormentar a zaga adversária e sempre está na grande área para deixar sua marca. Pela direita, a responsabilidade fica com Lautaro Acosta. Dono de uma habilidade incrível, o jogador costuma fazer fumaça pelos lados do campo e marcar gols decisivos.
Artilheiro Experiente
Nascido em 17 de julho de 1980, José Sand é a principal referência no ataque do Lanús. Dono de um faro de gol invejável, o centroavante não costuma desperdiçar nenhuma chance. Esta é a segunda passagem pelo Lanús. No total, o atacante já disputou 147 jogos e marcou 102 gols, números que o colocam como grande ídolo da hinchada.
Defesa Sólida
Por último, mas não menos importante, a defesa montada por Jorge Almirón também ganha destaque na campanha. Com uma marcação pegada, que não costuma dar muito espaço ao time adversário dentro e fora de casa, o Lanús chegou longe na competição. Menção honrosa para o goleiro Esteban Andrada, que costuma parar os atacantes adversários com grandes defesas.