A vantagem por 3 a 2 construída em Curitiba era para dar tranquilidade ao Santos. Mesmo com o 1 a 0 para os paulistas no placar, de maneira inacreditável, Vanderlei foi o herói do time. Na próxima fase, o Santos encara o Barcelona-EQU.
A consagração de Vanderlei se deve ao nervosismo de seus companheiros. Mesmo precisando de dois gols para se classificar, o Furacão esperava o erro do Peixe, o que aconteceu aos montes durante os 90 minutos. Enquanto tentava gastar a bola, os defensores santistas entregavam de bandeja a posse de bola ao adversário.
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O camisa 1 entrou em cena primeiro pelo alto, nas cabeçadas de Fabrício e Paulo André e, depois por baixo, no chute cruzado de Guilherme. Nem mesmo a boa vantagem minimizou a fraca atuação do time de Levir Culpi.
Nem quando Vanderlei tinha tranquilidade para cobrar um tiro de meta a bola ficava com o Santos. Fosse na força ou na má pontaria do arqueiro, o Atlético-PR ganhava pelo alto e por baixo e partia para cima.
Na oportunidade mais clara dos paranaenses, no momento em que Vanderlei estava no chão, já vencido, Lucas Veríssimo garantiu e fez sua vez de Vanderlei ao parar chute de Guilherme em cima da linha com o peito. Era o limite máximo de sufoco que um time que tinha a vantagem poderia passar dentro de sua casa.
Levir decidiu tentar melhorar a saída de bola e colocou Jean Mota na vaga de Yuri, já que não tinha Renato e Vecchio, ambos machucados.
O Furacão, que é bem diferente do time que perdeu em casa há mais de um mês e tem técnico e jogadores novos, se sobressaiu mais nos erros do Peixe do que na superioridade técnica. Faltava ao time comandado por Fabiano Soares ser mais agudo diante de um time que tentava fazer valer sua vantagem e só "gastava" a bola.
Nikão, Sidcley e Guilherme trocavam passes em volta da área como um time de basquete roda a bola antes de arremessar. Jonathan tinha espaço à vontade para tentar ajudar e abandonar a defesa. O lateral também quase deixou o dele, se não fosse você sabe quem.
Quando as coisas pareciam melhorar para o Peixe, Copete, Ricardo Oliveira e Bruno Henrique pareciam nunca terem jogado juntos. Parecia mesmo o dia para Vanderlei fazer justiça. Injusto foi o resultado para o Furacão, que encerra sua participação na Libertadores após uma classificação heroica na última rodada da fase de grupos, excluindo o Flamengo do torneio.
No fim, esgotado, o Atlético-PR se entregou e enfim deu espaços ao Santos. Um dos poucos contra-ataques encaixados pelos donos da casa terminou com passe de Lucas Lima, cruzamento de Ricardo Oliveira e gol de Bruno Henrique.
Mesmo classificado, cabe muito aprendizado, principalmente na postura como mandante. Único invicto da Libertadores, o Santos deve muito a Vanderlei.
*LANCEPRESS