Após a vitória botafoguense fora de casa, há mais de um mês, Botafogo e Nacional voltam a se enfrentar nesta quinta-feira, no Engenhão, a partir das 19h15min. Do confronto, sai o adversário do Grêmio nas quartas de final. ZH mostra como jogam as duas equipes que duelam pelo direito de enfrentar o time de Renato Portaluppi.
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BOTAFOGO
Tem sido um ano movimentado no Botafogo, algo incomum nas últimas temporadas.
– A brincadeira na imprensa aqui era de que o Botafogo era cemitério da notícia. Não acontecia nada. Este ano foi completamente diferente. O time teve uma trajetória épica na Libertadores, o grande ídolo, Jefferson, começa machucado, a maior contratação, Montillo, se aposenta. Muita coisa aconteceu – lembra Thales Machado, editor do jornal Extra.
Por mais reviravoltas que tenham ocorrido em General Severiano, o time se manteve no caminho certo na competição continental. Sob a firme batuta de Jair Ventura, sustentou a identidade de uma equipe aguerrida e competitiva, o que garantiu a supremacia em duelos contra times tradicionais como Olimpia, Colo Colo, Atlético Nacional e Estudiantes.
ESQUEMA
Varia entre o 4-2-3-1 mostrado acima e o 4-1-4-1, com o avanço de Matheus Fernandes para se colocar lado a lado com João Paulo. Destaque para a força de marcação pelos lados, em que Bruno Silva e Pimpão participam ativamente da marcação.
FORÇA NA DIREITA, VELOCIDADE NA ESQUERDA
As características dos dois jogadores de lado dizem muito sobre como o time se comporta. Volante de origem, Bruno Silva dá sustentação ao flanco direito, vigiando eventuais avanços do lateral-esquerdo adversário. Na esquerda, há maior qualidade técnica com Victor Luis e Pimpão. É por ali que costumam iniciar os contra-ataques, arma preferencial do time de Jair Ventura.
– O Pimpão faz bem a jogada de inversão de lado. Muitas vezes o lance começa pela esquerda, ele vê o Bruno Silva do outro lado e inverte para ele, que chega de trás. Foi assim que iniciou o lance do gol lá em Montevidéu – analisa Machado.
O CARA
Ainda que seja difícil apontar destaques individuais em um time que se destaca pelo coletivo, João Paulo, formado no Inter, tem sido o comandante do meio-campo após a saída de Camilo e a aposentadoria de Montillo. No início da temporada, ganhou espaço atuando como volante e, diante das saídas dos dois meias, assumiu sua posição de origem com naturalidade.
CONTRA O GRÊMIO
O time de Renato teria evidente superioridade técnica sobre o Botafogo em um eventual enfrentamento. Teria de tomar algum cuidado nos primeiros minutos de jogo no Engenhão, em que o time carioca costuma adiantar a marcação e pressionar. De resto, seria um confronto para testar a capacidade gremista de trocar passes e encontrar espaços em defesas fechadas.
NACIONAL
Não espere um futebol vistoso deste Nacional do técnico Martín Lasarte. O time é aguerrido e experiente, mas passa longe de manejar a bola com a mesma naturalidade do Grêmio.
– Diria que é um time prático. Não é uma equipe vistosa, mas está bem consolidada. Representa muito do que é o futebol uruguaio hoje – destaca Juan Pablo Romero, do jornal uruguaio El País.
Há alguns cascudos no elenco, como o lateral Fucile e o meio-campista Álvaro González. Desde o primeiro jogo contra o Botafogo, pouco mudou no clube uruguaio, até porque o time pouco jogou. Como o calendário do país parou, o Nacional teve apenas dois amistosos, contra os argentinos Boca Juniors e Banfield, para se preparar.
ESQUEMA
É um 4-3-3, com um meio-campo de forte marcação e que ganha o reforço defensivo de Viudez e Fernández retornando para fechar os lados.
UM DRIBLADOR PELA DIREITA
Muito do repertório ofensivo do Nacional passa pela capacidade de enfrentar e ultrapassar marcadores de Tabaré Viudez, que atua aberto pela direita. Ele se combina com Álvaro González, experiente jogador que é o mais técnico do trio de meio-campo.Com esses dois jogadores, o Nacional tende a procurar o lado direito desde o início das jogadas, sendo que a dupla ganha a companhia de eventuais subidas de Jorge Fucile.
O CARA
Rodrigo Aguirre, 22 anos, é de longe o principal jogador do Nacional. Desfalque no primeiro jogo, o centroavante teve seu contrato de empréstimo renovado em julho (os direitos econômicos são da Udinese).
– Preocupa, o Aguirre é jogador diferente – resumiu Jair Ventura ao falar do atacante.
CONTRA O GRÊMIO
Outro adversário que seria inferior tecnicamente em relação ao Grêmio. O time de Renato teria de se igualar aos uruguaios no confronto físico, para impedir uma imposição do rival neste aspecto. A bola aérea também pode ser um problema. A tendência, porém, seria de um Grêmio favorito por conta de seu patamar mais alto nas partes técnica e tática.
* ZH Esportes