O Santos jogou mal e fugiu de suas características, inclusive ao fazer cera, mas conseguiu segurar o The Strongest em La Paz e empatou em 1 a 1, resultado que garante o Peixe nas oitavas de final da Libertadores com antecedência.
Até os 23 minutos do segundo tempo, quando Vitor Bueno empatou com passe de Lucas Lima, o jogo era tenso e deixava qualquer torcedor sem ar, mesmo no nível do mar. Aos 22 da primeira etapa, o Alvinegro já tinha Bruno Henrique expulso por faltas e reclamação, um gol do Tigre, feito por Chumacero, que driblou Cleber e Vanderlei, e uma reclamação de um pênalti não marcado. A jogada em questão foi logo no início, em que Hernández foi tocado e derrubado dentro da área, quando estava prestes a finalizar.
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Hernández, inclusive, foi a principal surpresa do técnico Dorival Júnior, que sacou Ricardo Oliveira para colocar o colombiano, com o intuito de dar velocidade nos contra-ataques. Mas o que vinha dando certo até a expulsão de seu principal atacante era a marcação do time, que neutralizou por alguns minutos as subidas de Pablo Escobar.
A Ausência do camisa 9 foi ainda mais esquisita quando Dorival chamou Kayke para a vaga de Hernández, que ficou cansado no segundo tempo e não suportou os efeitos da altitude de 3.600 metros.
O que marcou a partida além das mexidas de Dorival, que além de tirar Oliveira, colocou Copete na esquerda, foram os problemas com a arbitragem. Lucas Lima chegou a fazer sinal de roubo a um dos jogadores do Tigre. Dorival discutiu com o quarto árbitro a todo instante.
Antes mesmo do gol de empate, que parecia inesperado pela postura do Santos e da agressividade do Strongest, o Peixe já fazia cera com Vanderlei, que demorava a cobrar tiros de meta. O camisa 1 porém, garantiu todos os lances difíceis em que foi exigido, até que aos 37 minutos da etapa final, cometeu pênalti.
Pablo Escobar, porém, desafiou o arqueiro santista e tentou converter com uma cavadinha: para fora, para deixar a classificação santista com ainda mais cara de Libertadores.
Com os reservas do Peixe abraçados e resistindo ao frio, o Santos pedia mais do que nunca o apito final, como se pudesse ser ouvido pelo árbitro Darío Herrera.
Batizado por todas adversidades, o Santos tem cara de Libertadores.
*LANCEPRESS