A sentença que condenou o ex-presidente do Inter Vitorio Piffero e Pedro Affatato, ex-vice de finanças no biênio 2015-26, culpou também outras quatro pessoas por irregularidades. São três empresários e a esposa de Piffero, cujas penas variam de quatro a 62 anos de prisão.
Sergio Luiz Gomes da Cunha, empresário, foi condenado a 50 anos e três meses de prisão. Ele era sócio-administrador das empresas LC Turismo Ltda e SC Turismo e Serviços Ltda. Marconi Müller, condenado a 62 anos e três meses, e Maria Coreti Lippert, condenada a 56 anos e três meses de prisão, eram os proprietários da Piratini Agência de Viagens.
Segundo a sentença, eles "contribuíram para a prática delituosa ao agirem, também, de forma deliberada e combinada, como operadores financeiros de Affatato". Eles usavam as empresas para, "em um primeiro momento, receber os valores provenientes dos desvios antes descritos Inter, e, ato contínuo, após sucessivas transações bancárias e atos de dissimulação e ocultação da respectiva origem ilícita, redirecioná-los para a conta pessoal do dirigente". A advogada Luciana Scheeren, que representa ambos, afirmou que se manifestará apenas nos autos.
Costance Piffero foi condenada a quatro anos e seis meses de prisão por participar da compra de um carro com dinheiro desviado do Inter. Seu advogado, Pedro Gerstner da Rosa, afirmou ao G1 que "ainda analisa a sentença e que buscará a justa absolvição de Constance na segunda instância".
Ao G1, a advogada do empresário Sergio Luiz Gomes da Cunha, Thays Assunção de Oliveira, disse que "a defesa está dedicada à análise detalhada da sentença e permanece confiante na reversão da decisão junto ao Tribunal de Justiça".