
Dos cenários que Roger anunciou como ideais para usar juntos Borré e Valencia, o jogo do final de semana tem potencial para ver. O técnico citou como exemplo de possibilidade um duelo em casa, contra uma equipe fechada e com necessidade de buscar resultado. Não está longe do que se prevê para as 18h30min deste domingo, no Beira-Rio, quando o Inter recebe o Vitória pela 28ª rodada do Brasileirão.
A partida terá casa cheia, o adversário promete fechar os espaços, a equipe gaúcha precisa conquistar três pontos para, quem sabe, terminar o dia na quinta posição e com pontuação de G-4. Se demorar a abrir vantagem, é tendência que os dois atacantes mais badalados do time estejam juntos.
Borré e Valencia estiveram em campo ao mesmo tempo por 372 minutos, distribuídos em seis partidas (duas pela Copa Sul-Americana, quatro pelo Brasileirão). Destes, 372, foram 147 com Roger, em três jogos. Quando jogaram juntos, marcaram um gol (Borré contra o Belgrano). Diante de Bragantino, São Paulo, Cuiabá, Juventude, Cruzeiro e Nova Iguaçu (pela Copa do Brasil), um substituiu o outro.
O modelo atual do Inter usa um centroavante fixo. Roger considera jogar na plataforma 4-1-3-2, a mesma de Coudet, mas com a forma mais parecida com a de 2023, na qual Alan Patrick é o segundo atacante. O técnico colorado entende que o "1" é Fernando. À frente dele, Wesley na esquerda, Gabriel Carvalho na direita e Thiago Maia no centro dão suporte a Alan Patrick, que tem liberdade de movimentação, e Borré, que fica mais fixo na frente. Aí está a parte tática da explicação dada pelo treinador após o jogo diante do Bragantino:
— Nessa situação (de usar Borré e Valencia juntos), poderia deixar o Fernando a frente da defesa e fazer o três mais dois com Alan Patrick, dois pontas e os atacantes.
Esse cenário, comentou Roger, é possível de acordo com a circunstância da partida. Segundo ele, o time terá "mais capacidade ofensiva, mas perde poder de contenção".
— Já treinei em outros momentos essa situação para o meio do jogo. Tudo é possível, depende do cenário — resumiu o treinador.
Formação da zaga
Certamente isso não será visto no início da partida contra o Vitória. Até porque, na sexta-feira, o Inter estava negociando Igor Gomes com o Shabab Al Ahli, dos Emirados Árabes. Ele não jogará mais com a camisa colorada. O valor total da transação é de 5 milhões de euros (R$ 30,3 milhões), e o clube gaúcho terá direito a cerca de R$ 22,7 milhões, com o restante ficando com o Coimbra-MG, clube do Banco BMG. Sem o zagueiro, Roger deve promover a estreia de Clayton Sampaio. Ele reencontrará Vitão, com quem formou dupla nas seleções de base. Rogel e Mercado (esse fora até o meio de 2025) estão lesionados.
Para proteger mais o novo zagueiro, que vem chamando a atenção nos treinos, o técnico manterá a estrutura com dois jogadores de maior vigor físico na marcação, Fernando e Thiago Maia.
Com a titularidade de Clayton Sampaio, Roger deve subir dois jogadores da base para compor o grupo principal. Victor Gabriel, 20 anos, e Pedro Kauã, 18 anos, podem aparecer no banco diante do Vitória. Ao lado deles deve estar Bruno Tabata. O meia, que vinha se destacando desde a estreia, está recuperado de lesão muscular e fica à disposição.
Adversário
No Vitória, o momento é de otimismo. A equipe está próxima ao Z-4, mas vem em uma campanha de recuperação. No segundo turno, tem a sexta melhor campanha, com 54,17% de aproveitamento — quatro vitórias, um empate e três derrotas. O técnico Tiago Carpini terá os retornos do goleiro Lucas Arcanjo e do atacante Alerrandro, após cumprirem suspensão.
Ingressos
O Inter anunciou uma promoção de ingressos na qual os 3 mil primeiros sócios que solicitarem terão direito a levar um acompanhante sem ter de pagar outro ingresso. Dessa carga, 2 mil já haviam sido resgatados. A tendência é de arquibancadas lotadas no início da noite de domingo. Para chegar ao quinto lugar, o time de Roger precisa vencer e torcer para que Bahia (recebe o Criciúma) e Cruzeiro (pega o Vasco em casa) não ganhem seus jogos, e que o São Paulo perca para o Corinthians. Se empatar, entra no G-6 se Bahia e Cruzeiro perderem.
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