Os acertos com o zagueiro Clayton Sampaio e com o lateral-direito Braian Aguirre devem ser os últimos movimentos do Inter na atual janela de transferências, cujo prazo se encerra na segunda-feira. Eles se somam a Agustín Rogel, Bruno Tabata e Nathan (que ainda não estreou) como reforços nesse meio de ano, mas já com um olhar também para 2025.
Ao todo, o clube investiu cerca de R$ 27,5 milhões para contratar Tabata, Braian Aguirre e Clayton Sampaio, de Palmeiras, Lanús e AVS-POR, respectivamente. Rogel e Nathan chegaram por empréstimo, apenas com pagamentos de salários e luvas.
O clube, por outro lado, vendeu Mauricio e Bustos, e deixou sair Mallo, Aránguiz e Matheus Dias, o que deixou o caixa mais folgado. Novas saídas não estão descartas, mas os principais mercados terminam suas janelas nesta sexta-feira.
O objetivo principal do Inter foi corrigir rumos e defeitos do grupo atual. O time perdeu dois laterais-direitos, Bustos e Hugo Mallo, e buscou reposição. É assim que entraram no radar Nathan e Braian Aguirre. Verdade que essas contratações demoraram, e o time vem atuando com Bruno Gomes improvisado na posição há mais de duas semanas, mas é uma tentativa de ajuste.
Outro problema apontado no diagnóstico do primeiro semestre foi o da idade avançada do grupo. Até abril, o Inter tinha mais de uma dezena de jogadores acima dos 30 anos. Agora, todos os contratados têm até 27.
Isso é sinal claro de pensar no futuro. O Inter mira 2025, tentando uma temporada melhor do que a atual. Roger Machado tem contrato para o próximo ano, a organização do clube foi alterada e o grupo deve mudar. O goleiro Fabrício, os zagueiros Gabriel Mercado e Robert Renan e os laterais-esquerdos Bernabei e Renê têm contrato até o final do ano. Nenhum tem garantia de renovação. Por isso Clayton foi contratado mesmo com a permanência de Vitão, cuja negociação com o Betis foi interrompida nos momentos finais.
O perfil de jogadores contratados também serve para Roger Machado. Na comparação com Eduardo Coudet, o atual técnico tem preferências diferentes na hora de montar a equipe. O argentino gostava do time com dois atacantes, lateral que soubesse sair jogando por dentro, zagueiro mais técnico e sem pontas. Roger é adepto de um modelo com extremas, permite que os dois laterais avancem usando os lados do campo e gosta de um centroavante mais fixo.
O Inter ainda buscou, nos últimos dias, informações sobre atacantes de lado. A demora na recuperação de Wanderson deixou Wesley quase como única alternativa de velocidade. Mas não houve avanços até agora.
Assim, a tendência é de que não haja tempo, até segunda, para concretizar alguma negociação. É com esse grupo que Roger trabalhará para buscar uma vaga em competições sul-americanas, terminar bem o ano e renovar as esperanças para 2024.