Roger Machado tem consciência de que para a maioria das pessoas, no futebol, resultado é tudo. Após a eliminação para o Rosario Central nesta terça-feira (23), o treinador reconheceu que somente vitórias vão mudar o cenário de "instabilidade" no Colorado.
De acordo com o técnico, o foco no início de seu trabalho com o Inter foi preparar a equipe para as duas partidas que se apresentavam: Botafogo, pelo Brasileirão, e Rosario Central, pela Sul-Americana. A partir de agora, ele pretende incutir mais o seu conceito de jogo na forma do Inter atuar.
— Com esse pouco, eu fiz as alterações e as mexidas para eventos imediatos. Alterei a questão da bola parada defensiva. Tirei da zona mista com predominância individual para a zona mista com predominância de zona com bloqueio justamente para interromper essa instabilidade, que acarretou em alguns gols de bola parada anteriormente. Aparentemente solucionou, porque o gol que nós tomamos foi do rebote da bola parada. Foi oriundo, mas não foi imediatamente. A partir de agora, o andamento que eu entendo por correto vai ser trabalhado para que a gente tenha todos os princípios do jogo bem treinados — explicou Roger na entrevista coletiva após o empate em 1 a 1.
Roger Machado identificou no estilo de jogo deixado por Eduardo Coudet que o Inter estava acostumado a criar as jogadas pelo centro do campo. O novo técnico, que vai para a sua terceira partida, pretende fortalecer a equipe pelos lados, para, desta forma, criar mais espaços nas defesas adversárias, principalmente a partir da ultrapassagem dos laterais, atacantes e meias. Contra o Rosario Central, colocou Bernabei no lugar de Renê, no intervalo, o que melhorou o desempenho do Inter pelo flanco esquerdo.
— Eu quero usar o meio, mas eu entendo que preciso desequilibrar ele pelo lado para poder acessar o meio — acrescentou.
O foco de Roger Machado passa a ser o Brasileirão, onde o Inter está na 13ª posição, a 11 pontos do G-6 e a quatro da zona de rebaixamento (com jogos a menos que a maioria dos adversários). O próximo duelo é contra o Bahia, na Arena Fonte Nova, no sábado (27), às 20h. O treinador sabe que a necessidade de vencer é urgente.
— A garantia do trabalho é a vitória. Quando não se vence, não é o ambiente interno que pressiona, muitas vezes, pela troca do treinador, é o ambiente externo. Infelizmente, a qualidade do trabalho passa ao largo quando o resultado não aparece — reconheceu Roger.