Como não poderia ser diferente, a falta de ritmo foi lembrada por Eduardo Coudet após a derrota do Inter para o Belgrano nesta terça-feira (28). Contudo, o treinador fez questão de frisar que as dificuldades enfrentadas por conta da tragédia climática no Rio Grande do Sul não são "desculpa" para o resultado na Copa Sul-Americana.
Em entrevista coletiva após a partida, o técnico colorado avaliou que sofrer a virada, ainda no primeiro tempo, tirou a chance do time explorar o adversário com mais espaços na etapa final. Pelo contrário, com o Belgrano recuado, foi exigido ainda mais precisão de passes e finalizações dos jogadores do Inter.
— Nos resta trabalhar e melhorar, sobretudo no ritmo de jogo, o último passe, a definição, que sempre é o mais difícil quando não podemos jogar com espaço na frente. Acho que fizemos um primeiro tempo muito bom. Salvo esses dois minutos que nos custou o jogo — analisou.
O comandante colorado comentou os desafios do grupo no período de enchente e de treinamentos longe de Porto Alegre — as atividades ocorrem em Itu, no interior de São Paulo. Mesmo assim, afirmou que é necessário ter "mentalidade positiva" e que acredita na melhora do desempenho nas próximas partidas.
— No futebol, tem que ganhar. O futebol se esquece da falta de ritmo e da problemática. Sei que, para nós, é muito difícil esquecer o que está acontecendo em Porto Alegre. Estamos olhando o tempo todo o quanto mede o rio, se baixou, se subiu. Isso não é desculpa. É a situação que temos que viver e que sabemos que vai ser difícil. Sabemos que vamos ir melhorando com os jogos — acrescentou Coudet.
A próxima partida do Inter é no sábado (1º), às 18h30min, diante do Cuiabá, na Arena Pantanal, pelo Brasileirão. Na entrevista, o treinador indicou que pode fazer mudanças no time já que, na terça-feira (4), às 21h30min, encara o Real Tomayapo, na Bolívia, também pela Sul-Americana, em um dos dois jogos atrasados do torneio.