A Justiça do Rio Grande do Sul concedeu, neste domingo (3), uma medida protetiva à repórter Gisele Kümpel. A jornalista da Rádio Monumental (canal identificado com o Grêmio) fez um boletim de ocorrência na delegacia do Estádio Beira-Rio no último domingo (25), após o Gre-Nal 441, contra o funcionário que se trabalha como mascote do Inter por importunação sexual.
Conforme o site g1.com/rs, a medida implica que a pessoa que se veste de mascote seja impedido de se aproximar da jornalista, da casa dela e de onde ela trabalha em um limite de 300 metros; de manter contato, seja telefônico ou por meios eletrônicos com Gisele; e de expor a repórter, seja por meio de mensagens, fotos ou vídeos nas redes sociais ou a terceiros.
O intérprete do mascote, caso descumpra a medida, pode ser preso. De acordo com a repórter, o mascote ficou a incomodando ao longo de todo o Gre-Nal. Ela relatou à polícia que, desde o primeiro tempo, o Saci ficou próximo, fazendo gestos. Até que chegou a parte final do jogo:
— Quando deu o pênalti para o Inter, tive uma sensação de que ele ia me tirar do sério. Fui para o lado, fiquei mais longe dele, deixando pessoas entre nós para ele não me incomodar. Quando deu o gol, fez mais gestos para mim e quando percebeu que ignorei, ele me abraçou e com uma mão nas minhas costas, deu uma levantadinha na máscara e me deu um beijo, quase na boca. Senti o estalo e o suador que ele estava. Dei uma leve empurrada porque me assustei — contou.
Na última terça (27), o homem que atua como mascote do Inter compareceu, voluntariamente, à Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher de Porto Alegre (DEAM). Ele prestou depoimento no inquérito que investiga a acusação de importunação sexual.
O funcionário em questão, cujo nome não foi divulgado, foi temporariamente afastado das atividades relacionadas ao Inter enquanto as investigações estão em andamento. O clube emitiu um comunicado afirmando que tanto o funcionário responsável pelo mascote quanto o próprio clube estão cooperando integralmente com as autoridades.