Recheado de reservas, preservando titulares para a Libertadores, o Inter foi castigado com um gol no final da partida e perdeu para o Athletico-PR, na Arena da Baixada. A equipe de Eduardo Coudet saiu atrás, buscou o empate com gol de De Pena, mas, aos 44, levou o segundo gol. O 2 a 1 deixa o time na 13ª posição, a cinco pontos da zona do rebaixamento.
O técnico colorado ficou abatido com o resultado, especialmente, segundo ele, pela forma. O Inter esteve com o empate até os instantes finais e, pouco antes, desperdiçou duas chances claras de fazer o segundo gol. Mesmo com atletas que não vão jogar no Rio, o time ficou próximo de trazer pontos de Curitiba:
— Me dói a derrota, acho que não merecíamos. Fizemos um grande jogo, muito boa postura do time. Sabíamos que eles podiam complicar no jogo aéreo e foi o que aconteceu. Tivemos chances e não fizemos. Futebol é assim, no final quem faz mais gols ganha.
Coudet admitiu que o gramado sintético da Arena da Baixada foi decisivo para escalar o time. No entendimento do treinador colorado, a estatística que aponta o tabu do Inter (nunca venceu desde a troca do campo) mostra a dificuldade do desafio. Coudet afirmou que considera "outro esporte" o jogo nesse tipo de piso, apesar de ter repetido que é a "casa do Athletico-PR" e que precisa ser respeitada.
— O adversário jogou quarta, e a recuperação não é a mesma do gramado natural para o sintético, precisa de um dia a mais. Quarta temos uma decisão, e queríamos arriscar o mínimo possível com alguns jogadores. O resultado, como veio, deixa um sabor ruim. Eles também têm um grande time, com grandes jogadores é difícil enfrentar. Inter ainda não venceu no sintético, sempre tem essa dificuldade — ampliou.
E sobre o jogo foi isso. Porque o foco colorado está (e possivelmente estava desde antes) em quarta-feira que vem, no Maracanã, diante do Fluminense pela semifinal da Libertadores. O treinador comemorou o fato de não ter perdido nenhum jogador lesionado. Confirmou que manteve Vitão e Johnny em Porto Alegre por causa do gramado sintético, para recuperá-los bem, e minimizou uma eventual carência de competição dos atletas:
— Não me preocupa a falta de ritmo, porque treinamos como jogamos. O ritmo é alto. Vocês conhecem minha maneira de jogar. Imagina se ocorre conosco o que teve o Athletico-PR (lesão de Vitor Roque). O melhor é que nosso grupo está pronto. Os jogadores mostraram que têm nível para jogar.
Ele deu a entender que não mudará muito o estilo de jogo do time para o jogo contra o Flu, como fez na Bolívia. Chegou a brincar com um repórter, falando que o Maracanã não tem altitude:
— Temos de fazer um jogo inteligente, a Libertadores é diferente. Todos conhecemos bem. São os detalhes que definem.
Agora, será intensificada a preparação. O Inter treinará até terça-feira em Porto Alegre. Na véspera do confronto, à noite, viaja para o Rio. Enfim, chegou a hora de pensar no Fluminense sem tanta culpa.