Apesar do bom resultado contra o Bolívar, na altitude de La Paz, o Inter ainda precisa superar velhos fantasmas para conquistar o título da Libertadores. Para evitar o trauma de perder no Beira-Rio para times pouco expressivos e de sucumbir à pressão da torcida pela falta de títulos nos últimos anos, o clube tem um trunfo: a presença de jogadores "cascudos" no grupo, sobretudo os que já têm no currículo a experiência de disputar Copa do Mundo.
Essa espinha dorsal é formada pelo goleiro uruguaio Sergio Rochet, o zagueiro argentino Gabriel Mercado, o volante chileno Charles Aránguiz e o atacante equatoriano Enner Valencia. Na avaliação interna, todos eles foram importantes para o time não sucumbir à altitude de La Paz e ter resistido à pressão do Bolívar.
— A experiência para esse tipo de jogo é importante, sabendo o que o time ia sofrer. Temos um time maduro e com jovens que sabem escutar os experientes. Ajuda muito ter jogadores que têm uma carreira importante como temos no time. Esse é o tipo de jogo em que precisa ser inteligente. Pegar a bola, tentar fazer faltas para se recuperar. Nós temos jogadores desse tipo — disse o técnico Eduardo Coudet.
Aos 30 anos, Rochet foi o goleiro titular da seleção uruguaia na Copa do Mundo 2022, no Catar. Já Gabriel Mercado, 36 anos, atuou e chegou até a fazer gol pela Argentina na Copa do Mundo 2018, na Rússia.
Charles Aránguiz, por sua vez, disputou o Mundial de 2014, no Brasil, pela seleção chilena. Enner Valencia, por fim, disputou pela seleção equatoriana as Copas de 2014 e 2022, tendo marcado no total seis gols nos dois Mundiais.
O Inter desembarca em Porto Alegre na tarde desta quarta (23) e, logo na chegada, já realiza um treinamento do CT do Parque Gigante. Na sexta (25), delegação viaja ao Rio de Janeiro, onde enfrenta o Flamengo, no sábado (26), às 18h30min. Já o jogo da volta contra o Bolívar-BOL será na terça (29), às 19h, no Beira-Rio.