Na estreia de Eduardo Coudet, o Inter até criou mais, mas não conseguiu marcar pela quarta partida consecutiva. Na tarde deste domingo (23), o Colorado ficou no 0 a 0 com o Bragantino, pela 16ª rodada do Brasileirão. O treinador argentino exaltou a entrega dos jogadores, mas admitiu que há muito trabalho a ser feito para implementar suas ideias:
— Geramos situações, mas a bola não quis entrar. Enfrentamos um rival muito intenso. Foi o último rival que enfrentei no Brasileirão (pelo Atlético-MG). É um time que tem boa saída de bola. Nossos números físicos foram bons. Vamos continuar melhorando na intensidade.
Coudet voltou a elogiar o elenco colorado, mas elencou os aspectos que mais precisam ser desenvolvidos nos treinamentos:
— Meus times são físicos. Como falei, fisicamente o time deu boa resposta. Podemos dar muito mais. Temos de ter pernas, ter pulmão. É difícil jogar aqui (Bragança Paulista). Temos de melhorar na troca de passes. Geramos situações, mas podemos gerar muito mais.
A primeira escalação de Coudet neste retorno ao Inter contou com novidades. As principais foram a entrada de Rochet na vaga de John e a volta de Johnny no meio-campo, com Rômulo indo para o banco de reservas.
— Tenho que tomar decisões. O Johnny foi uma questão de conhecimento sobre a ideia. Ele já trabalhou com a gente. Foram duas trocas. Eu não queria trocar tanto. Quero ter mais jogo, melhor saída. Temos que assumir mais riscos, isso gera mais trabalho para sair com a bola limpa. Tivemos boas jogadas que saíram de trás. Fizemos 355 passes e meu time não pode fazer menos de 500. Isso que eu quero falar, mas não é passe por fazer, é para ganhar campo e subir linhas. Eu sempre quero ganhar. Eu não comemoro empate, nem os jogadores — destacou, pontuando as diferenças do modelo que quer ver em campo para o que era feito por Mano Menezes:
— O time era mais de ligação (direta) do que de posse e troca de passes. Não encurtava muito a linha para frente. Eu gosto de jogar mais adiantado. Vocês sabem a ideia que tenho. Exalto a disposição do time. Não é fácil mudar a intensidade, a disputa. Penso que devemos estar com um time curto, em cada bola ter o companheiro perto. Não é melhor, nem pior do que vinha sendo feito, é diferente. É trabalhar. Não tenho outra palavra a dizer, apenas trabalhar.