Para enfrentar o Fluminense, às 16h deste domingo no Maracanã, pela 14ª rodada do Brasileirão, o Inter não terá simplesmente seu melhor jogador, Alan Patrick, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. E não é a opinião deste jornal ou de torcida. Quem defende isso é o técnico Mano Menezes.
— Alan Patrick é o melhor jogador da equipe na temporada — disse o treinador, em entrevista aos canais do clube.
Sem ele, há uns quantos pontos de interrogação para Mano montar o setor ofensivo. Dependendo de sua opção, o time se comportará de maneira diferente. Seriam, possivelmente, quatro nomes diferentes para ser o substituto. Mas Aránguiz ainda não tem condições de atuar 45 minutos, por isso não conta como alternativa. A seguir, veja as demais opções.
Mauricio centralizado
Foi a escolha de Mano quando Alan Patrick saiu machucado diante do Cruzeiro. O técnico colocou Jean Dias pelo lado direito e deslocou Mauricio para a faixa central. Segundo ele, o jovem de 22 anos pode não cadenciar nem decidir o ritmo que o jogo andará, como faz Alan Patrick, mas tem criatividade e força ofensiva para atuar no setor.
— Mauricio é um meia que acelera, conduz para frente — declarou o treinador, em entrevista coletiva.
A dúvida, assim, seria quem atuaria ao lado. Jean Dias, por mais que conte com a confiança da comissão técnica, não costuma ser titular (foi apenas uma vez, diante do América-MG). Mano gosta de sua dedicação à partida e o cumprimento das funções táticas.
De Pena centralizado
O outro nome que Mano usou contra o Cruzeiro, depois do intervalo, foi De Pena. O uruguaio entrou em uma função mais recuada, mas acabou dando fluidez ao jogo, que parecia trancado com Rômulo e Johnny juntos. O técnico pode usar a inteligência do jogador para substituir Alan Patrick. Se não tem a mesma criatividade nem a mesma técnica, ao menos entende os movimentos e as necessidades do time.
— De Pena contribui na criação — pontuou Mano.
A entrada do uruguaio na função de Alan Patrick mexeria menos nos posicionamentos de Mauricio (que poderia atuar pela direita) e Wanderson (pela esquerda). A opção por De Pena aberto teria de mexer em Wanderson, já que o canhoto prefere atuar do lado esquerdo.
Campanharo
Campanharo chegou ao Inter para ser volante. De preferência, cabeça de área. Mas suas origens no futebol foram na armação. Seu melhor momento no Brasil, aliás, foi de camisa 10 da Chapecoense. E foi nessa função que atuou pela última vez, contra o América-MG, em Belo Horizonte. Naquele jogo, Mano considerou que seu ingresso deu mais equilíbrio ao setor e acabou sendo importante para buscar a virada.
— Ele dá qualidade ao meio — disse Mano.
Contra um adversário que costuma ter como marca a saída pelo chão desde os zagueiros e volantes, um pouco mais de combatividade já na primeira linha pode aumentar suas chances de roubar a bola em um setor desprotegido.
Dupla de ataque
Talvez seja a formação mais aguardada pelos colorados, mas não é uma tendência, dita inclusive por Mano, que prefere dar mais tempo de adaptação para Enner Valencia. Mas seria uma das alternativas para a estreia do equatoriano. E jogando com um atacante ao lado, como teve em sua mágica temporada pelo Fenerbahçe. Nesse sistema, o Inter teria dois volantes (possivelmente Rômulo e Johnny), dois jogadores abertos (Mauricio e Wanderson) e dois atacantes (Luiz Adriano e Valencia). Perguntado sobre isso na live que participou após o sorteio da Libertadores, o técnico declarou:
— Luiz Adriano e Valencia podem jogar juntos, sim. Um time pode ser armado de várias maneiras, mas o mais importante é saber como o time vai se comportar com esses dois.
Com isso, os dois extremas teriam de fazer um sacrifício maior na recomposição.
Inter com Alan Patrick
- 33 jogos
- 15 vitórias
- 12 empates
- 6 derrotas
Inter sem Alan Patrick
- 3 jogos
- 2 vitórias
- 1 derrota
Os jogos
Brasileirão
- América-MG 1x2 Inter
- Atlético-MG 2x0 Inter
Copa do Brasil
- Inter 3x1 América-MG
Alan Patrick em 2023
- 33 jogos
- 2695 minutos (média 81 por jogo)
- 10 gols
- 3 assistências