Enquanto os jogadores do Inter treinavam na manhã desta quinta-feira (11), os dirigentes acompanhavam as atividades e realizavam conversas para algumas definições. O presidente Alessandro Barcellos, o vice de futebol, Felipe Becker, o executivo William Thomas e o coordenador de futebol, Sandro Orlandelli, se fizeram presentes ao campo de treinamentos do CT do Parque Gigante e só deixaram o local após o apito final de Mano Menezes.
O treinador comandou todo o trabalho com os jogadores que não começaram diante do Athletico-PR e, após a atividade, uma cena chamou a atenção dos jornalistas presentes. Mano, os auxiliares Sidnei Lobo, Cauan de Almeida e Julinho Camargo, além do auxiliar de preparação física João Goulart conversaram por cerca de 10 minutos no centro do campo. Mano foi quem mais falou com o grupo, que também teve a presença de Sandro Orlandelli. Contestado, o preparador físico Jean Carlo Lourenço não participou da conversa. Ele só se aproximou dos demais, após uma breve conversa com Sidnei Lobo.
Nos bastidores, a pressão é forte em relação ao trabalho de Jean Carlo, que veio para o Inter para substituir Flávio de Oliveira, que alegou problemas particulares para deixar o clube e voltou para São Paulo, onde se acertou com o Corinthians e permaneceu até essa quarta-feira (10), quando foi demitido pelo clube que contratou Vanderlei Luxemburgo na última semana.
De acordo com alguns diagnósticos, o time do Inter não consegue manter um jogo de alta intensidade por mais de 30 minutos, como ocorreu nos confrontos com Nacional-URU, pela Libertadores, São Paulo e Athletico-PR, no Brasileirão. E esta queda física dentro das partidas seria umas causas para o desempenho estar distante de 2022.
— Sobre a questão física, eu não vou apontar o dedo pra ninguém. Mas a gente já tem as nossas avaliações internas sobre isso (queda de rendimento) — disse Felipe Becker, após a derrota para os paranaenses.
Livre no mercado, Flávio de Oliveira é um nome que agrada à diretoria colorada e ao próprio Mano Menezes, que trabalhou com ele no Inter, Grêmio, Corinthians e Cruzeiro. Um retorno do preparador físico de 56 anos ganhou força nas últimas horas, e a direção colorada buscou informações a respeito de sua situação, mas foi informada de que ele não pode assinar com outro clube nesse momento por conta de uma cláusula com o Corinthians. O acordo prevê que se ele voltar a trabalhar até o final do ano, perderá o direito de receber a rescisão com o clube paulista que foi paga na integralidade do contrato, que era até dezembro próximo.
Com essa impossibilidade, o Inter seguirá avaliando o mercado. A troca na preparação física não está descartada e é algo que segue sendo debatido nos bastidores colorados.