Precisando voltar a vencer no Gauchão, o time do Inter deve ser modificado para encarar o Caxias, no Beira-Rio. Uma das mudanças se dará no comando de ataque, onde Alexandre Alemão cederá vaga a Pedro Henrique novamente.
Depois de ter sido titular no empate com o Novo Hamburgo, no fim de semana, muito por conta da estratégia adotada para jogar no gramado do Estádio do Vale, o centroavante voltará ao banco de reservas nesta quarta-feira (8).
— Eu não gosto de falar muito de questões individuais quando o resultado não vem. Fica parecendo que você quer atribuir o empate a algum jogador. E, pelo que ouvi, o pessoal não gosta quando a gente fala individualmente de alguém, então vamos agradar a todos — resumiu o técnico Mano Menezes ainda no domingo (5).
O problema é que aquele jogador que foi uma solução barata na última temporada, desbancando atletas mais badalados como David, Wesley Moraes e Braian Romero, parece ter parado de funcionar em 2023.
Até mesmo se comparado a ele mesmo, Alemão tem números preocupantes. Até agora, foram cinco jogos (três como titular), nenhum gol e nenhuma finalização a gol sequer. No ano passado, pelo Novo Hamburgo, no Gauchão, o atacante disputou sete partidas, balançando as redes adversárias duas vezes e dando três assistências.
— Eu fiz os cinco primeiros jogos do Gauchão e sempre o utilizei como camisa 9. Foi o destaque contra o União Frederquense e Ypiranga, até pela estratégia de colocar o time um pouco atrás. Ele tem boa leitura tática, cumpre função, tem boa movimentação e é muito forte. Sai rompendo de trás. Fique feliz de ter ido para o Inter, chegou fazendo gols e isso contribuiu para ele se sentir mais confiante — relembra o técnico Fabiano Daitx, que o comandou no Estádio do Vale em 2022.
Para seu ex-comandante, dois fatores ajudam a explicar a queda de rendimento de Alemão. O primeiro deles é o contexto do campeonato, que não permite ao Inter atuar de forma mais reativa.
— Muda muito. Antes de vir para o Inter, o William Pottker foi destaque na Ponte Preta porque saía da linha defensiva, corria e definia. É outra característica, mas o Alemão também precisa de espaço, mesmo sendo um jogador de contato físico. Ele vai ter que trabalhar isso, mas acredito que vai dar a volta por cima — analisa o treinador.
Ainda, na visão de Daitx, outro ponto que tem prejudicado o atacante colorado é a comparação inevitável com Luis Suárez, principal contratação do rival Grêmio.
— Não tem como deixar de viver esse ambiente. A pressão por contratar um centroavante… É algo mental. Ele vai ter que controlar. É muito desigual a comparação. Pega um cara que jogou a Liga dos Campeões, com o Messi, e outro que veio do Novo Hamburgo. A cobrança dele próprio pelos gols não estarem saindo também prejudica. Tem que saber lidar com isso — concluiu.