Depois de duas rodadas, enfim, a primeira vitória do Inter no Gauchão saiu. Jogando em casa, contra o São Luiz, o Colorado goleou o time de Ijuí por 4 a 0 e conquistou os primeiros três pontos no Estadual. O resultado faz com que a equipe de Mano Menezes, momentaneamente, assuma a segunda posição na classificação.
O treinador, inclusive, fez uma mudança na equipe. Sacou Alemão, que vinha sendo o centroavante, e optou por um ataque mais móvel, com Pedro Henrique e Wanderson. As escolhas deram certo e a dupla marcou três dos quatro gols na partida (dois no primeiro tempo e outro no segundo). Na coletiva, após o jogo, Mano comemorou a vitória.
— É óbvio que sabíamos que em termos de ritmo e de competição já estava na hora de voltar a trabalhar na identidade que o time construiu. Nunca faltou vontade para a equipe para ser aquilo que vinha sendo, faltou um pouco de entendimento, voltamos a fazer coisas importantes. Vocês viram aparecer espaços na defesa do adversário que não apareceram, essa é a vantagem de sair na frente, importante não tomarmos gol, isso vai mudando a situação de uma partida, foi melhor executada porque fomos mais inteligentes.
A mudança na equipe foi justificada pelo treinador, que disse não poder ter medo de fazer as trocas quando o time necessitar.
— Quando a gente vira treinador de time grande não podemos não ter coragem. Se (a troca) não funcionasse hoje eu estaria sendo criticado. A gente não pode fugir dessa responsabilidade. Estávamos com dificuldades, a função exige coisas que não estávamos fazendo. Na quarta, no segundo tempo, Pedro incomodou muito mais e nos deu mais opções para a equipe jogar. É isso que a gente precisa. O Alemão vai voltar a fazer isso, já fez mais nos 15 minutos contra o São Luiz do que fez nos primeiros jogos, às vezes.
Sobre o centroavante, Mano afirmou que não quis "queimar" o jogador abertamente e, sim, analisou o que a equipe vinha passando nos primeiros jogos do Gauchão.
— Vou começar a dar entrevistas em português de Portugal, porque eles criticam os jogadores abertamente e vocês acham bonito. Dizem que é personalidade deles e que nós passamos a mão. Não fiz uma crítica ao Alemão, fiz uma observação pontual, alguém quis dizer que ele não estava trabalhando, que ele estava sem vontade. A pergunta era boa. Eu disse que precisava mais de Alemão. Tem que parar de querer fazer tumulto — desabafou o treinador colorado.