Mano Menezes pode, pela primeira vez, preservar alguns jogadores do Inter. A proximidade das datas e a distância a ser percorrida estão entre os fatores que levariam a essa decisão. O time enfrenta o Cuiabá às 21h de sábado pelo Brasileirão, na Arena Pantanal e, na terça à noite, recebe o 9 de Octubre, precisando vencer para avançar na Copa Sul-Americana.
Há alguns candidatos mais evidentes a descansarem, até para reduzir os riscos de lesão por desgaste. O lateral-direito Bustos, por exemplo, começou todos os jogos desde que chegou, em março. Ele saiu mais cedo na última partida (algo que não ocorreu nos 15 duelos anteriores). No outro lado, Renê também chegou como titular na emergência colorada e não repousou. Agora, com Moisés recuperado e buscando ritmo, pode, enfim, recuperar energias.
No meio-campo, Rodrigo Dourado jogou três partidas completas, algo pouco usual em razão de seus problemas físicos. Pode ser preservado, com Gabriel e Liziero sendo os candidatos a substitutos. Liziero, aliás, também é alternativa a Edenilson, outro nome que raramente sai da equipe.
De Pena está em situação parecida. O uruguaio desembarcou em Porto Alegre, virou titular e atuou 90 minutos na maior parte dos jogos. Além do ex-jogador do São Paulo, Mano tem como alternativas a essas funções: Alan Patrick, Estêvão e Mauricio. O camisa 10 entraria naturalmente na equipe, ainda mais que não está inscrito na primeira fase da Copa Sul-Americana.
Para o lugar de Wanderson, que ficou um ano sem jogar e atuou nas últimas sete partidas seguidas, Pedro Henrique se candidata. Assim como Alan Patrick, ele não está inscrito nesta etapa da competição sul-americana e pode ser titular pela primeira vez. Alemão, em uma mudança de peças no ataque, corre por fora para ser o centroavante.
O Inter terá oito partidas no intervalo de 29 dias, com sete compromissos pelo Brasileirão. Nesses jogos, Mano deve dar mais oportunidades aos jogadores, até para manter o ritmo da equipe. O Brasileirão exige alto nível físico para buscar lugares mais altos na tabela.
Os mais desgastados
Bustos: jogou as últimas 17 partidas (ou basicamente todas desde que chegou, em 3 de março, e só saiu mais cedo em duas. É um dos jogadores mais desgastados.
Renê: foram oito jogos seguidos e só no último deixou o campo a 19 minutos do fim. Assumiu o lado esquerdo na emergência e não saiu mais do time.
Dourado: vinha de uma lesão e suas condições físicas não eram as melhores. Mas no intervalo de 11 dias, jogou os 90 minutos das três partidas. Já tinha atuado 45 diante do Guaireña, fora.
Edenilson: só perdeu um jogo dos últimos sete, por ter levado uma pancada que gerou um edema ósseo. Pelo que corre em campo e pela intensidade, apresenta desgaste.
De Pena: desde sua estreia, em 6 de abril, quando entrou no segundo tempo, atuou em todas as partidas, tendo saído antes do apito final em três.
Wanderson: ficou quase um ano sem jogar em razão de uma lesão. Começou sua história pelo Inter em 23 de abril e foi titular em todas as partidas (apesar de ter saído antes em quase todas).
Alternativas
Heitor: virou reserva a partir da chegada de Bustos. O lateral-direito entrou em campo na última partida.
Moisés: recuperado de lesão no joelho, o lateral-esquerdo tem voltado aos poucos, recebendo minutos.
Gabriel: era titular, mas viu o crescimento de Dourado e agora tem ficado no banco. É o candidato principal na primeira função do meio-campo.
Liziero: foi titular com Medina, mas perdeu espaço. Voltou a aparecer na última partida.
Alan Patrick: não está inscrito na Sul-Americana, o que faz crescer a chance de jogar pelo Brasileirão.
Estêvão: Mano tem dado chances ao destaque da base colorada. Até agora, entrou no segundo tempo.
Mauricio: deixou o time titular, mas é a principal alternativa de criação na Sul-Americana devido à ausência de Alan Patrick.
Pedro Henrique: não está inscrito na Sul-Americana e está readquirindo ritmo para brigar por lugar na ponta.
Alemão: é o centroavante mais fixo entre os que Mano tem utilizado. Se o treinador descansar David, ele é o substituto natural.