A perícia da leitura labial do vídeo que mostra o lateral-direito Rafael Ramos xingando Edenilson na partida contra o Corinthians, no último sábado, no Beira-Rio, ainda deve demorar mais 10 dias para ser concluída pelo Instituto Geral de Perícias (IGP). As imagens são provas fundamentais para comprovar que de fato o português falou para o jogador do Inter, que o acusou de injúria racial.
Na última segunda-feira (16), a delegada Ana Luiza Caruso, responsável pela 2ª Delegacia de Polícia Civil de Porto Alegre, que investiga o caso, entregou para o IGP as imagens do momento em que Rafael Ramos se dirige a Edenilson.
O caso aconteceu por volta dos 30 minutos do segundo tempo da partida, quando Edenilson acusou Rafael Ramos de tê-lo chamado de "macaco". A partida ficou paralisada por um tempo, antes de ser retomada. O atleta, de origem portuguesa, alegou ter proferido outra palavra, que foi mal compreendida por conta de seu sotaque.
Advogado contratado pelo Corinthians para a defesa do seu jogador, Fabiano Cerveira sustenta que a expressão usada por Rafael Ramos foi "mano, caralho", uma versão diferente da que aparece na súmula da partida, onde, segundo o árbitro Bráulio da Silva, Rafael Ramos teria alegado que usou a expressão "foda-se, caralho" Edenilson denunciou que ouviu do corintiano a seguinte frase: "Foda-se, macaco".
Rafael Ramos foi preso em flagrante ainda no vestiário do Beira-Rio e foi liberado no começo da madrugada do último domingo (15) após o pagamento da fiança de R$ 10 mil.