ESCLARECIMENTO: esta reportagem foi publicada às 22h01min de quarta-feira (11) com base em informações do relatório completo da perícia. Leia mais a respeito da cobertura sobre a investigação relacionada às eleições do Inter em GZH.
Apesar de indicar irregularidades no sistema online que marcou a eleição do Inter em 2020, a perícia designada pela Justiça para investigar as suspeitas levantadas pela chapa do desembargador aposentado José Aquino Flôres de Camargo não apontou para possíveis beneficiados. O documento de 108 páginas, ao qual GZH teve acesso a trechos nesta quarta-feira, apresenta as inconsistências, mas não garante que houve fraude no resultado final da eleição.
Um dos pontos mais discutidos desde que os primeiros itens do relatório foram revelados, o de que associados puderam votar mais de uma vez, teve um esclarecimento. De acordo com o laudo, "o escrutínio dos votos e os resultados confrontam perfeitamente com as informações que foram divulgadas na imprensa". Assim, a explicação é de que foi computado apenas um dos votos dos associados que tiveram acesso ao sistema mais de uma vez. Os demais foram considerados nulos.
Segundo o documento, não foi possível constatar que qualquer candidato tenha sido prejudicado ou beneficiado durante o pleito. “Na perspectiva da Integridade, não temos percebido alterações no ambiente, nos dados e registros antes, durante e depois do pleito que levassem a uma suspeita de manipulação indevida", diz o laudo.
Em outro trecho, assegura que não notou evidências de que os dados ou sistemas tenham sido manipulados durante o processo de eleições.