O Inter precisará contrariar, nesta quarta-feira (24), seu retrospecto recente como visitante no Brasileirão. Sem vencer fora de casa há mais de dois meses, o Colorado enfrentará o Fluminense, a partir das 21h30min, no Maracanã, em um duelo direto pela tabela de classificação.
Com a derrota para o Flamengo na rodada passada, os comandados de Diego Aguirre foram ultrapassados pelo Tricolor carioca, que agora figura na sétima colocação, com um ponto a mais (48 contra 47). Por isso, um eventual tropeço no Rio de Janeiro poderá fazer o adversário disparar na frente.
Além disso, há a pressão de quem vem de trás. Caso vença o Corinthians na noite desta quinta, o Ceará poderá tirar o Inter da zona de classificação para a Libertadores.
— Pressão, sempre tem. Eu costumo dizer que é mais fácil morrer do coração do que de tédio no futebol. O Fluminense é um grande adversário. O jogo do primeiro turno, no Beira-Rio, foi espetacular (vitória por 4 a 2), e nós pretendemos repetir a dose. Vamos entrar para ganhar, entregando tudo, e eu prefiro transformar a pressão em motivação. É claro que quem vem atrás na tabela nos incomoda, faz com que tenhamos uma reação mais ativa, mas acho que isso é bom. Temos de entrar para mostrar o nosso futebol e acabar com o jejum de não ganhar (fora de casa). Estamos há horas de pontuar e esperamos fazer um bom jogo — comentou o vice-presidente de futebol Emílio Papaléo Zin em entrevista exclusiva a GZH, no saguão do hotel, em Copacabana.
O dirigente colorado também garante que foi contornada a turbulência vivida ainda em Porto Alegre, quando vazaram áudios do então coordenador de preparação física Paulo Paixão, fazendo críticas ao elenco. Após a repercussão, o profissional pediu seu desligamento do cargo.
— Foi um episódio que eu julgo lamentável e foi absolutamente superado pela própria iniciativa do professor Paixão. Agora, os jogadores e a comissão técnica estão focados neste jogo, que é muito importante, e a ideia é de página virada, porque nós precisamos muito destes três pontos — declarou.
Para o duelo desta quarta, Aguirre não poderá contar com dois de seus titulares, vetados pelo departamento médico: Yuri Alberto e Rodrigo Lindoso. No meio-campo, Johnny assume a posição. No ataque, o chileno Carlos Palacios deve ser mantido como centroavante.
— O Palacios está em uma evolução. Nos últimos jogos, tem atuado bem. Contra o Flamengo, quase fez um gol. A decisão é do treinador e qualquer que for a opção, o Cadorini também está conosco, será muito bem-vinda. Estamos confiantes também no futebol do Palacios — avaliou Papaléo.
Por fim, uma situação delicada envolve Marcelo Lomba, que viajou antes da delegação por conta de problemas familiares. A direção, contudo, garante que o goleiro deve ser utilizado normalmente.
Uma provável escalação inicial tem: Marcelo Lomba; Saravia, Bruno Méndez, Víctor Cuesta e Moisés; Rodrigo Dourado e Johnny; Edenilson, Taison e Patrick; Palacios.