Após perder para o Cuiabá, o Inter planejou uma reação imediata contra o Flamengo. Depois de ser derrotado em casa pelos cariocas, somar três pontos contra o Fluminense virou a meta. Como levou 1 a 0 no Maracanã, na noite de quarta-feira (24), novo adiamento foi necessário. Agora, resta vencer o Santos, no domingo (28). Só que enquanto a vitória é postergada, a situação do clube na briga por uma vaga à Libertadores encrespou.
A projeção de momento é de 58 pontos por uma vaga direta ao torneio. Estacionado há três rodadas nos 47, a exigência terá de diminuir para que o time de Diego Aguirre consiga evitar as etapas preliminares. O técnico admitiu as dificuldades.
— Temos que ganhar o próximo jogo. É um campeonato muito difícil. Tivemos uma baixa no rendimento. Perdemos o Yuri (Alberto), nosso melhor jogador de ataque — comentou.
Mas, enquanto tiver chance matemática, o diretor executivo Paulo Bracks afirmou que o Inter seguirá lutando para ir direto à etapa de grupos.
— Estamos com uma sequência muito ruim. Não podemos tomar outra atitude a não ser seguir trabalhando. Não faltou entrega. Faltou gol, faltou resultado, como nas últimas três rodadas. O campeonato ainda não acabou. Enquanto houver chance, vamos lutar.
O resultado no Rio de Janeiro se somou aos tropeços para Palmeiras, São Paulo, Juventude e Cuiabá, chegando a cinco derrotas seguidas longe do Beira-Rio. A sequência sem vencer paga o seu preço na tabela de classificação. Até o fim da 35ª rodada, os colorados, donos da oitava colocação, ainda podem ser ultrapassados por Ceará e América-MG, o que os deixaria fora da zona de classificação, mesmo que o número de vagas seja espichado com os resultados nas finais da Libertadores e da Copa do Brasil.
Um dos diagnósticos para a situação foi oferecido pelo volante Edenilson. O meio-campista sugeriu que o tratamento é trabalhar muito e falar pouco.
— Temos que dar um passinho para trás, ter humildade para ver o que está errado para não ficar fora da Libertadores, que é nosso objetivo. O Inter jogou as últimas três Libertadores e é, de novo, nosso objetivo. Precisamos trabalhar, é hora de ficar quietinho. Temos um grupo jovem, é necessário falar com o professor para arrumar o que precisa — avaliou o volante Edenilson.
Embora o futuro esteja indefinido tanto para o Inter quanto para o treinador, Bracks e Aguirre admitiram que o planejamento para o ano que vem começou a ser traçado. Porém, evitaram se aprofundar no tema.
— Quanto ao elenco, é uma pergunta que me fazem sempre. Respondo da mesma forma. Existem coisas internas que devem ficar entre nós. Estamos trabalhando no planejamento do próximo ano, com possíveis incorporações e no que temos de melhorar. Agora não é o momento para falar disso, não seria positivo — advertiu o uruguaio.
Bracks, seguiu pelo mesmo caminho.
— A partir do dia 10 vamos fazer esse balanço, mas não agora — explicou.
Até o dia 10, o Inter enfrenta Santos, Atlético-GO e Bragantino tentando um lugar na próxima Libertadores. São 270 minutos que dirão o que será definido no dia 10.