Adversário do Inter neste domingo (26), pela 22ª rodada do Brasileirão, o Bahia enfrenta uma crise financeira que gerou protesto dos jogadores. O elenco do time baiano decidiu não realizar concentração em partidas em Salvador, nem conceder entrevistas por conta do atraso no pagamento de salários e direitos de imagem. O clube confirmou a situação adversa através de nota, mas não comentou a medida adotada pelos atletas.
"É verdade que o Bahia vive situação de dificuldade financeira, motivada pelos efeitos da pandemia a partir de março de 2020, que impediram o clube de seguir a rotina de salários em dia", diz trecho da nota divulgada pelo time nesta sexta.
Além do elenco profissional, outros funcionários do clube também não receberam os vencimentos dentro do prazo. Segundo o Bahia, 384 colaboradores receberam o salário de agosto e que outros 487 funcionários receberam o décimo terceiro de 2020, faltando 63, dentre eles os jogadores.
Leia a nota na íntegra:
O Esporte Clube Bahia vem a público responder matéria veiculada pelo site 'TNT Sports', na tarde desta sexta-feira (24), que lamentavelmente não cumpriu requisito jornalístico de procurar o posicionamento da instituição.
É verdade que o Bahia vive situação de dificuldade financeira, motivada pelos efeitos da pandemia a partir de março de 2020, que impediram o clube de seguir a rotina de salários em dia desde a temporada de 2015.
Quedas bruscas de receita como a do programa de sócios, antes capaz de quitar folhas inteiras de pagamento só com as mensalidades dos torcedores, afetaram o orçamento e o planejamento montados no final de 2019.
Apesar disso, as informações divulgadas estão equivocadas.
Neste momento, em função dos motivos citados, há atraso de um mês de salário e três de imagem para o elenco, exceção a sete atletas remanescentes do ano passado, que estão com outros quatro meses de imagem em aberto, fruto de acordo de renegociação da pandemia.
Mais: até então 384 colaboradores receberam o salário de agosto, que venceu no 5º dia útil de setembro, sempre iniciando das menores para as maiores remunerações. Além disso, 487 funcionários receberam o décimo terceiro de 2020, faltando 63, dentre eles os jogadores.
Neste um ano e meio de crise mundial, não houve demissões. A prioridade foi manter o emprego das pessoas que fazem o Esquadrão.
Superada a pior fase do problema, o Bahia se encaminha para solucionar as últimas pendências. Já estamos melhor do que estávamos e a união de todos, dentro e fora do clube, se mostrará fundamental.