O Santos, adversário do Inter neste domingo (22), é uma grande incógnita. Seja na escalação que o técnico Fernando Diniz mandará a campo, ou pela resposta psicológica dos jogadores. Isso porque, na noite da última quinta-feira (19), o time foi eliminado da Copa Sul-Americana pelo Libertad, do Paraguai.
— Deu tudo errado. No primeiro tempo fomos um time diferente do que a gente produz, sem agressividade, sem profundidade, com baixa movimentação de movimento, de troca de passe. E quando joga assim contra um time que marca bem, você corre o risco de não conseguir finalizar. Eu assumo a responsabilidade, porque quando o time inteiro não anda é porque o treinador fez algo errado — avaliou o comandante santista.
Depois de terem vencido o duelo de ida por 2 a 1, na Vila Belmiro, os paulistas acabaram sendo derrotados por 1 a 0, em Assunção, dando adeus à competição continental na fase de quartas de final.
— Entramos no meio da competição. Acho que tivemos uma boa participação, com duas vitórias e um empate. Agora sofremos a derrota. Mas temos que manter a cabeça erguida, seguir focados, porque ainda temos duas competições em que podemos buscar o título — comentou o lateral-direito Madson, ex-Grêmio.
Agora a expectativa é recai sobre como o clube irá encarar o restante da temporada. Além de pensar no Brasileirão, onde ocupa o 10º lugar, com os mesmos 21 pontos do Inter, o Santos também volta seu pensamento para a Copa do Brasil. Na próxima quarta (25), o Santos visita o Athletico-PR, pelo primeiro jogo das quartas de final.
Desta forma, dada a proximidade com outro confronto de mata-mata, pode ser que o treinador opte por preservar alguns titulares. A questão é que o elenco santista não é tão vasto assim. Principal jogador do clube na última temporada, Marinho segue afastado por uma lesão muscular na coxa esquerda, sofrida no final de julho.
Além disso, a diretoria corre contra o tempo para repor a saída do jovem Kaio Jorge, anunciado nesta semana pela Juventus. Léo Baptistão, que recebeu uma proposta do próprio Inter, seria o substituto, mas ainda depende de questões burocráticas para se desvincular do Wuhan FC, na China, para poder assinar um novo contrato. Sem um centroavante de ofício, Diniz tem improvisado o ex-colorado Marcos Guilherme como um "falso 9". Porém, nem mesmo ele poderá ser utilizado. Além de estar suspenso pelo terceiro cartão amarelo, o jogador não poderia enfrentar o clube que o emprestou por cláusula contratual. Sem ele, Raniel pode herdar a vaga.
Entretanto, independente da escalação escolhida, uma coisa é certa: o clube da Vila Belmiro tentará ser o protagonista com a bola no pé. Como todas as outras equipes de Fernando Diniz, o time tenta propor o jogo. Até mesmo na exibição diante dos paraguaios, que culminou com a eliminação, o Santos teve mais de 60% de posse de bola. O time-base santista tem: João Paulo; Madson, Luiz Felipe, Kaiky e Felipe Jonatan; Camacho, Jean Mota, Carlos Sánchez, Lucas Braga, Gabriel Pirani e Marcos Guilherme (Raniel).