O Inter abre as semanas mais decisivas desde a chegada de Diego Aguirre lamentando o empate com o Corinthians, em São Paulo, no sábado (3) à noite. O 1 a 1, gols de Edenilson para os gaúchos e Jô para os paulistas, estacionou a equipe na parte de baixo da tabela do Brasileirão, passadas nove rodadas. E agora, precisará recuperar terreno no campeonato nacional em uma sequência que envolve São Paulo em casa e Grêmio fora. Isso antes de retomar a Libertadores, competição na qual abrirá o mata-mata com o Olimpia cinco dias após o Gre-Nal.
A igualdade impediu que o Inter vencesse a primeira partida no estádio corintiano. E a forma como veio, com um gol de rebote aos 35 minutos do segundo tempo, fez o técnico colorado lamentar:
— Normalmente, um ponto fora é bom. Mas estivemos perto de ganhar. O jogo estava controlado, sem que o Corinthians tivesse situações para marcar. Fico chateado. Viemos com a intenção de ganhar fora de casa e não conseguimos. Entendo que perdemos dois pontos.
A avaliação foi semelhante à feita por Mauricio. O meia, que ficou praticamente sozinho na tarefa de criação, entendeu que a equipe merecia melhor sorte:
— A gente queria a vitória, buscamos a todo momento. Fizemos um gol, nos encolhemos um pouco, mas exploramos os contra-ataques e tivemos nossas oportunidades. Infelizmente, eles acharam uma bola e sofremos o gol. Vamos sempre buscar a vitória para estar em cima da tabela e nos recuperamos do momento que estamos passando.
Ainda mais que o Inter mudou muitas peças. Aguirre escalou um time com seis titulares nascidos após 2001: Pedro Henrique, Paulo Victor, Mauricio, Juan Manuel Cuesta, Léo Borges e Yuri Alberto. Foram dois estreantes, Paulo Victor e Cuestinha. De acordo com o treinador, essas escolhas fazem parte de sua característica, ser um lançador de jovens.
— Juan Cuesta estava no sub-20, vinha treinando conosco e gostei. Foi um jogo difícil e teve uma atuação razoável. É um jogador de futuro e jogará mais vezes — comentou o treinador, que justificou a improvisão de Léo Borges na linha do meio-campo: — Era a estreia de Paulo Victor e escalei Léo Borges para protegr, porque o setor direito do Corinthians é forte. Léo me disse que tinha jogado na base como meia, então era algo normal pra ele.
Patrick ficou de fora da primeira parte por preservação, já que vinha de uma sequência de 10 jogos, sendo nove como titular. Há outros jogadores que vinham atuando regularmente que ficarão de fora diante do São Paulo, por força inclusive de cartões. Edenilson e Cuesta levaram o terceiro amarelo e serão desfalques na quarta-feira. Chance para a estreia do zagueiro Bruno Méndez, impedido de atuar contra o Corinthians por razões contratuais, e possivelmente para Johnny, que entrou no intervalo na partida de sábado.
Apesar dessa juventude, Aguirre se disse esperançoso com uma evolução quando voltarem jogadores cascudos que estão fora, como Taison, ou que atletas adquiram melhores condições, como Boschilia. Há também a expectativa pelos retornos de Palacios, eliminado com a seleção chilena da Copa América, Caio Vidal, suspenso, Thiago Galhardo, lesionado, e Guerrero, em recuperação física.
— Acredito que o Inter tem muito para dar. Nos momentos decisivos, o time vai estar presente e vai corresponder.
Aguirre também não descartou reforços. Para o treinador, a sequência que o ano reserva permite pensar que mais opções sejam necessárias. Por enquanto, porém, o jogador mais próximo de chegar é Gabriel Mercado, zagueiro argentino que estava no Catar. Evoluções podem ocorrer ao longo da semana