Especulado como um dos prováveis substitutos do técnico Miguel Ángel Ramírez no Inter, Lisca deixou o comando do América-MG nesta segunda-feira (14). Na entrevista coletiva em que se despediu clube mineiro, o treinador negou que o pedido de demissão tenha a ver com um possível interesse colorado.
— Peço desculpas, porque é difícil sair de um clube como o América-MG, com o ambiente que tem, com o respeito que todos têm com a minha pessoa. Agradecer a todos os funcionários, aos jogadores e à torcida. Estou indo para minha casa. Não estou saindo por convite nenhum de outro clube, e o Salum (coordenador de futebol do time mineiro) sabe disso — ressaltou.
Visivelmente emocionado, Lisca explicou os motivos que o fizeram decidir pelo desligamento do América-MG. Após o vice-campeonato mineiro, a equipe foi eliminada na terceira fase da Copa do Brasil e ocupa a lanterna do Brasileirão.
— Na minha avaliação, é o melhor para todos nós, o melhor para o América. Uma nova energia, uma nova maneira, um treinador com energia total, coisa que neste tempo acabou desgastando, tirando energias. Não estou conseguindo mudar esse panorama, essa escassez de vitórias. Em uma competição muito dura, é preciso estar muito focado para o principal objetivo do América-MG que é a permanência na Série A — destacou.
Lisca estava no América-MG desde janeiro de 2020. Em 82 partidas, foram 40 vitórias, 27 empates e 15 derrotas, com aproveitamento de 59,7%. O coordenador de futebol do time de Belo Horizonte, Marcus Salum, lamentou a saída do profissional e desejou sorte no futuro da carreira.
— Futebol é assim, ele tem ciclos, e o Lisca está conosco há um ano e quatro meses. Me procurou na parte da manhã (desta segunda) pedindo seu desligamento, dizendo que está esgotado e entende que o melhor neste momento é se afastar da direção técnica do América-MG. Agradeço ao Lisca por tudo que ele fez, por este trabalho belíssimo que foi realizado neste um ano e quatro meses. A gente deseja um bom descanso e toda a boa sorte do mundo para ele — pontuou.