A reunião da manhã desta sexta-feira (11) entre os membros do Conselho de Gestão e o departamento de futebol do Inter foi finalizada ainda sem um anúncio de permanência ou não de Miguel Ángel Ramírez como técnico do clube. Os dirigentes adotaram a lei do silêncio nos momentos seguintes ao encontro, mas, em contato com GZH, admitem que modificações serão feitas para melhorar os resultados dentro de campo.
Sete pessoas que se encontraram na sala de reuniões do Estádio Beira-Rio. O presidente Alessandro Barcellos e os seus quatro vices eleitos na chapa do último pleito: Dannie Dubin, Arthur Caleffi, Humberto Busnello e Luiz Carlos Bortolini. Além do quinteto, os membros do futebol também conversaram com a alta cúpula diretiva. Tanto o vice de futebol, João Patrício Herrmann, quanto o executivo Paulo Bracks devem seguir em suas funções.
A reportagem conseguiu contato com quatro dos sete integrantes da reunião. Nenhum quis se manifestar publicamente. Admitem, no entanto, que novas conversas serão promovidas no decorrer do dia para selar a continuidade ou não do espanhol na casamata.
— Alguma coisa precisa ser feita — resumiu um vice-presidente eleito.
Entende-se que há três fatores que dificultam a demissão: o valor da multa rescisória, que se aproxima dos R$ 10 milhões; a regra limitadora de trocas de técnicos no Brasileirão; e o fato de Ramírez estar com o diagnóstico de covid-19.
Em paralelo, os dirigentes consideram que o grupo não está alinhado com a filosofia e que seria complexo retomar os conceitos básicos de trabalho da comissão técnica, que completou 100 dias de Beira-Rio justamente na quinta-feira.
A tendência de momento ainda é de mudança no comando técnico. Uma solução de comum acordo deverá ser tentada com o profissional. Em caso de aceitação, Osmar Loss, auxiliar técnico permanente, poderá orientar o time de form interina diante do Bahia, no domingo, em Salvador.