O primeiro tempo contra o Always Ready foi de grande dificuldade. Faltaram muitas coisas além de ar para o Inter na noite desta terça-feira (20), como aproximações, controle de bola e o que eu mais esperava do time: toque de bola.
Tanto que Marcelo Lomba foi o jogador que mais apareceu nos primeiros 45 minutos e, dessa vez, não foi por bolas atrasadas pela zaga, mas, sim, realizando defesas nos inúmeros ataques dos bolivianos que estão "pra lá" de acostumados a jogar na altitude.
Mas o que Lomba não conseguiu parar foi um chute no ângulo — uma das armas mais conhecidas de quem manda jogos por lá —, que só aconteceu porque faltou marcação.
A busca pelo empate foi com um time muito modificado em todos os setores e vou considerar que a questão física tenha sido preponderante para as estranhas escolhas de Miguel Ángel Ramírez, porque só isso explica uma formação que não havia sido usada em nenhum jogo na temporada ser alternativa para correr atrás de um resultado.
A consequência não poderia ser outra: quase nenhum perigo ao gol boliviano, além de erros primários e previsíveis devido às dificuldades naturais do local do jogo, como conduzir a bola individualmente até perdê-la e levantar a bola na área mesmo sabendo que a velocidade dela muda com o ar rarefeito.
O "prêmio" por tantos equívocos foi o segundo gol dos bolivianos, já nos acréscimos, para consolidar uma derrota histórica e marcar da pior maneira possível a estreia na Libertadores.