Depois da conclusão de mais uma fase da Operação Rebote, promovida pelo Ministério Público (MP) do Rio Grande do Sul, que denunciou ex-dirigentes do Inter na gestão 2015-2016, a defesa de Vitorio Piffero se manifestou. Em contato com GZH, apenas na manhã deste sábado (13), o advogado do ex-presidente reclamou da postura do órgão:
— O MP, não é de hoje, está execrando publicamente a figura do senhor Vitorio Piffero. A atitude deles viola o sistema da lei brasileira. Você não pode usar acusações para se promover. As coisas se fazem de maneira correta, dentro da lei, nos autos do processo. Eles expõe primeiro para a grande mídia para se promover. Acusar não é provar — argumentou Nei Breitman, advogado de Piffero.
O defensor garante que ele é inocente de todas as acusações:
— Ele (Piffero) não cometeu qualquer irregularidade e qualquer aquisição patrimonial no período em que esteve na gestão do Inter foi licita. Isso será provado nos autos do processo.
Entenda o caso
GZH apurou que consta no relatório do MP, que não foi divulgado, que Vitorio Piffero foi denunciado por estelionato e ocultação de bens. No entendimento do órgão, ele desviou verba do clube, em parceria com o empresário de uma agência de turismo, para comprar uma caminhonete para a esposa, também denunciada. O veículo comprado, segundo apurou GZH, é um Toyota SW4.
As provas apresentadas pelo MP vieram da quebras de sigilo bancário e fiscal e de buscas em uma das agências de turismo envolvidas. Conforme a investigação, os sete denunciados obtiveram para si, em prejuízo ao clube, mais de R$ 340 mil entre 2015 e 2016. Piffero, o ex-vice-presidente de Finanças do clube, Pedro Affatato, e o restante dos citados não são réus. A Justiça ainda não se manifestou sobre a aceitação da denúncia.